8 de dez. de 2009

Dói de verdade e não é bonito. O dia nasceu coerentemente cinza e chuvoso na minha noite mal-dormida e mal-entendida. Porque sou mesmo medrosa e talvez pela primeira vez em minha existência eu tenha me enxergado com relação ao mundo. Sei que depois de todo um marasmo e calmaria, veio meu tropeço, meu tombo, meu rosto desfigurado, inchado de sono, bebida e choro. Era mais bonito quando doía de leve, mas eu não ficaria sem sentir a vida por muito tempo, e eis que ontem ela me cuspiu na cara e riu da minha falta de jeito, me encolhendo no cantinho da janela. Talvez o sol apareça, talvez as pessoas voltem a me sorrir coloridas, talvez eu volte a pertencer a forma que desejam e talvez, assim sendo, eu volte a me esquecer de mim, embora eu jamais esqueça essa dor que eu ainda nem sei entender.

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8 de dez. de 2009

Dói de verdade e não é bonito. O dia nasceu coerentemente cinza e chuvoso na minha noite mal-dormida e mal-entendida. Porque sou mesmo medrosa e talvez pela primeira vez em minha existência eu tenha me enxergado com relação ao mundo. Sei que depois de todo um marasmo e calmaria, veio meu tropeço, meu tombo, meu rosto desfigurado, inchado de sono, bebida e choro. Era mais bonito quando doía de leve, mas eu não ficaria sem sentir a vida por muito tempo, e eis que ontem ela me cuspiu na cara e riu da minha falta de jeito, me encolhendo no cantinho da janela. Talvez o sol apareça, talvez as pessoas voltem a me sorrir coloridas, talvez eu volte a pertencer a forma que desejam e talvez, assim sendo, eu volte a me esquecer de mim, embora eu jamais esqueça essa dor que eu ainda nem sei entender.

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