30 de dez. de 2009

Não sei, quando tudo fica assim entre a gente eu sinceramente não sei, a distância é tão doce, doce que pode até matar. Perdão. As cores já desbotaram faz é tempo, alegrias e tristezas se misturam, a certeza do hoje não existe, não temos mais lembranças de nossas horas acumuladas de gargalhadas, aquelas que ecoavam pelo ar formando não apenas corações, formando novos gestos e carinhos que nem eu e nem você entendíamos. Eu me arrependo tanto do que eu fiz e deixei de fazer. Perdão 2. Nem que eu viva mil anos, nem assim isso vai passar, mesmo com cores desbotadas, deformando todos aqueles nossos corações e carinhos lá no céu, mesmo com tudo isso, eu vou te amar pro resto da vida, eu sei, é errado afirmar isso, mas quero que fique registrado pra poderem me cobrar se um dia o preto e branco levar minha memória.
Amarrados na caverna sem perceber que as sombras na pedra não passam de sombras ainda veremos todo o céu derretendo pingando o ódio que subiu e que se acumula cada dia mais nas nuvens negras sobre os chapéus, apenas o amor nos salvará Urubus espalharão que estou afundado na insensatez, Insensato é quem não fica bem quando vê que o outro encontrou a paz. - Seja sempre sincero Com aquilo que sente Eu ainda te espero... Bem aqui. ♥

29 de dez. de 2009

Foi buscando acertar que às vezes eu errei Mas quem pode acusar sem tentar compreender Quando saio sem regar violetas que plantei A sede que causei me afogará Sem pressa sei que posso alcançar Digam o que quiserem só uma coisa importa Verdadeiro é meu amor o sentimento foi real Quando eu te entreguei tudo aquilo que há em mim Pode até não parecer Se o mal que há em mim faz doer o seu coração Minha triste imperfeição Será que conseguirei a bondade que sonhei? Estou sempre a tentar remover as pedras Se desvio o olhar da mão em minha direção Fecho os olhos para mim e para você Não canso, não desisto de lutar Ainda se tropeço só uma coisa importa Verdadeiro é meu amor.

28 de dez. de 2009

Às vezes parecia que de tanto acreditar em tudo que achávamos tão certo, teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais, faríamos floresta do deserto, e diamantes de pedaços de vidro. Mas percebo agora que o teu sorriso vem diferente, quase parecendo te ferir. Não queria te ver assim. Quero a tua força como era antes, o que tens é só teu e de nada vale fugir. E não sentir mais nada. Às vezes parecia que era só improvisar e o mundo então seria um livro aberto. Até chegar o dia em que tentamos ter demais, vendendo fácil o que não tinha preço. Eu sei é tudo sem sentido, quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim. Nada mais vai me ferir, é que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui, e com a minha própria lei. Tenho o que ficou e tenho sorte até demais. Como sei que tens também.

24 de dez. de 2009

Não me faça nenhum favor Não espere nada de mim Não me fale seja o que for Sinto muito que seja assim Como se fizesse diferença O que você acha ruim Como se eu tivesse prometido Alguma coisa pra você Eu nunca disse que faria o que é direito Não se conserta o que já nasce com defeito Não tem jeito Não há nada a se fazer Mesmo que eu pudesse controlar a minha raiva Mesmo que eu quisesse conviver com a minha dor Nada sairia do lugar que já estava Não seria nada diferente do que sou Não quero que me veja Não quero que me chame Não quero que me diga Não quero que reclame Eu espero que você entenda bem Eu não gosto de ninguém.

23 de dez. de 2009

Já parou pra pensar em como o mar é grande? Já parou pra pensar nas riquezas que ele traz? Já parou pra pensar que um choro é a extremidade dos sentimentos? Já parou pra pensar em como o céu muda de cor? Já parou pra pensar que daqui a algum tempo nos tornaremos velhos? Já parou pra pensar na fome de toda humanidade? Você alguma vez já parou pra pensar? Já parou pra pensar que eu posso tá falando um monte de besteira enquanto você se entope de mentiras que quer escutar? Já parou pra pensar que nem sempre a coisa que eu acho certa você também vai achar? Meu bem, você já parou pra pensar? alguma vez. (uma das músicas que eu fiz uns mil anos atrás HIOSHDFIOHSD) :*

20 de dez. de 2009

E vem cá para o meu lado Pra gente viver sem dor.

18 de dez. de 2009

It's a little too late for you to come back Say it's just a mistake Think I'd forgive you like that If you thought I would wait for you You thought wrong... But you're just a boy You don't understand How it feels to love a girl someday You wish you were a, better man You don't listen to her You don't care how it hurts Until you lose the one you wanted Cause you're taking her for granted And everything you had got destroyed But you're just a boy.
Alô aqui é do Céu. Quem tá na linha é Deus. Tô vendo tudo esquisito o que que deu em vocês? Por favor não deixem a peteca cair. O diabo disse que vai baixar de uma vez por aí. Pois é, eu fiz vocês como eu, imagem e perfeição e vocês anarquisando a minha reputação. Eu não compreendo tanta reclamação se dei igual pra todo mundo, tem gente aí metendo a mão. Segunda. Tão acabando com a Terra que era somente sua. agora já tão querendo se mudar pra lua. O que vocês querem exigir mais de mim. Se tudo que eu fiz vocês acham ruim? Agora eu vou desligar o telefone tá caro. Já falei demais. Brigado pela atenção. Mas por favor se ligarem dizendo ser eu Pode ser um trote do diabo que já desceu. Que já desceu.

16 de dez. de 2009

tou com idéias na cabeça, mas ainda não as organizei, então, tempo sim? Passem bem.

15 de dez. de 2009

Infantil meu pedido, que me esperassem crescer pra ver tanta mentira,é tudo verdade; a gente não agüenta mais tanta mentira! Quero conversa sincera, olhar bem pra tua cara e até te agradecer por isso. É tudo verdade a gente não aguenta mais, tanta mentira! Falta de opção, falta de amor você não tem noção... É ambição demais , reação de menos, poluindo não punindo, o óleo fica pra depois. Raimundos, pavilhões, submundos, multidões . Só não posso deixar pra depois, filmes mudos, lados b,lados bons, eu e você . Eu só não vou me deixar para depois (...) Eu só não vou te deixar pra depois, eu e você e eu, nunca mais pra depois.
As palavras e as promessas Tão passado e tão presente Tão eterno enquanto dure E o coração em cubos.

13 de dez. de 2009

Quem mais eu posso ser, que mais posso fazer Quem mais seria, senão eu Se não adiantou, me diga, por favor Me ama ou me deixa ir Não me perca amor, se resolve Ou me deixa amor, ou se entrega a mim E mesmo sem sorrir, ainda estou aqui Ainda é tempo, não lavei minhas mãos Se acaso decidir, não vir pela metade Não durma no ponto, pra não chegar tarde.
Esses dias andei pensando, solucionando, formulando tudo que você disse e não fez, é, é complicado admitir que nos damos ao desfrute do nada, somos esquisitos, nos amamos e não demonstramos; somos estranhos, nos queremos e não nos escontramos. Será? Às vezes me bate uma tristeza, rodam mil histórias na minha cabeça, ciúme, decepção, desejo, como atribuir tanto sentimento a um só ser? Você anda tomando muito espaço, espaço esse que não me pertence, cuidado pra não passar pra o gramado do vizinho, eu sei que a grama é verde, mas nem sempre foi assim. Estou esperando e cada minuto parece um ano, cada segundo minha alma grita, implora, volte, isso tá me matando, mas eu quero que você volte por querer e não por pedido meu, parece um orgulho meio bobo, temos que conversar tanto ainda sobre isso, só que hoje o que eu quero não é você, só hoje viu? Hoje eu quero o meu silêncio, a minha solidão e eu não abro mão, amanhã, bem, amanhã a gente vê.
Eu devia estar contente Porque eu tenho um emprego Sou um dito cidadão respeitável E ganho quatro mil cruzeiros Por mês... Eu devia agradecer ao Senhor Por ter tido sucesso Na vida como artista Eu devia estar feliz Porque consegui comprar Um Corcel 73... Eu devia estar alegre E satisfeito Por morar em Ipanema Depois de ter passado Fome por dois anos Aqui na Cidade Maravilhosa... Ah! Eu devia estar sorrindo E orgulhoso Por ter finalmente vencido na vida Mas eu acho isso uma grande piada E um tanto quanto perigosa... Eu devia estar contente Por ter conseguido Tudo o que eu quis Mas confesso abestalhado Que eu estou decepcionado... Porque foi tão fácil conseguir E agora eu me pergunto "e daí?" Eu tenho uma porção De coisas grandes prá conquistar E eu não posso ficar aí parado... Eu devia estar feliz pelo Senhor Ter me concedido o domingo Prá ir com a família No Jardim Zoológico Dar pipoca aos macacos... Ah! Mas que sujeito chato sou eu Que não acha nada engraçado Macaco, praia, carro Jornal, tobogã Eu acho tudo isso um saco... É você olhar no espelho Se sentir Um grandessíssimo idiota Saber que é humano Ridículo, limitado Que só usa dez por cento De sua cabeça animal... E você ainda acredita Que é um doutor Padre ou policial Que está contribuindo Com sua parte Para o nosso belo Quadro social... Eu que não me sento No trono de um apartamento Com a boca escancarada Cheia de dentes Esperando a morte chegar... Raulzito ♥

8 de dez. de 2009

Dói de verdade e não é bonito. O dia nasceu coerentemente cinza e chuvoso na minha noite mal-dormida e mal-entendida. Porque sou mesmo medrosa e talvez pela primeira vez em minha existência eu tenha me enxergado com relação ao mundo. Sei que depois de todo um marasmo e calmaria, veio meu tropeço, meu tombo, meu rosto desfigurado, inchado de sono, bebida e choro. Era mais bonito quando doía de leve, mas eu não ficaria sem sentir a vida por muito tempo, e eis que ontem ela me cuspiu na cara e riu da minha falta de jeito, me encolhendo no cantinho da janela. Talvez o sol apareça, talvez as pessoas voltem a me sorrir coloridas, talvez eu volte a pertencer a forma que desejam e talvez, assim sendo, eu volte a me esquecer de mim, embora eu jamais esqueça essa dor que eu ainda nem sei entender.

7 de dez. de 2009

Como tem gente delicada no mundo... Cris disse enquanto a menina se distanciava, com duas balas escondidas nas miúdas mãos fechadas em concha. Fazia um calor forte demais para uma primavera recém-nascida naqueles entremeios de setembro. Mas um vento vinha de leve mexer no vestido da menina, nos cabelos de Cris, nos meus olhos que se enrugavam. Eu gosto desse tempo. Gosto mesmo. Lembro de sempre desenhar umas florzinhas quando era criança. E minha mãe dizia que sempre quando me perguntavam do que eu mais gostava na vida, aí eu respondia que era da primavera... Ela tinha um jeito lento e preciso de sorrir, sem esbanjar a alegria que de fato lhe comovia. E se num pedaço de história acontecesse de se lembrar de coisas outras menos felizes, não disfarçava o movimento do rosto se transformando num lento cair de músculos. Mas geralmente tinha os lábios fechados num começo de sorriso ainda não dado. Cris era uma promessa. O por-vir. O de-depois que é recompensa e melhora do que se tem nos agoras das horas infinitamente presentes. Pensando melhor, agora, eu achava que os cabelos curtos lhe ficavam bem. Realçavam as maçãs do rosto, os negros olhos atentos – cabendo em si a curiosidade nata que é dada ao sexo feminino. Que perguntam sem dedos em escoriações, rodeando as respostas que já conhecem, feito borboletas que não se permitem prever o rumo. Cris era a mulher mais borboleta que já nasceu. A menininha voltou, em pequenos saltos, se aproximando inclinada do rosto de Cris, que se abaixou, surpresa e agradecida, ao beijo estalado. Ela sequer sabia que a delicadeza das gentes do mundo só lhe saltava às vistas por razão de suas retinas dispostas. Ela sequer sabia que nas delicadezas todas há um cerne que não se alcança, uma razão silenciosa que se move na generosidade. Como se uma qualidade diferente de almas delicadas estivesse distribuída e fosse se reconhecendo em gestos de delicadeza. Faz muito tempo que eu perdi a espontaneidade do prazer... isso é tão estranho, a gente esquecer onde coloca o desejo, ficar desatento ao que dá força pros movimentos, não é? O olhar era interrogativo, mas a questão era muda de resposta. No eco dos gritos das outras crianças todas Cris devia se deitar. De braços abertos. Junto aos pequenos que vestiam suas cores, carregando balões e algodões-doce. Que a beleza de Cris nascia exatamente onde surgiam as plenitudes e os ápices. E também onde estes se perdiam, caindo em desencanto, em esquecimento, em turvas atenções – feito guardassem em si o segredo que lhes serviu de vida. Cris era essa espécie de gaveta. Vezes aberta, noutras não. Cris baixou os olhos e colocou a mão no meu colo. Retribuí o gesto, descansando meus dedos sobre os dela. E passaram-se anos. Vieram primaveras inteiras, correram ventos e folhas. Os dias acumulados. Os restos de risos. Começos de estradas. Pedaços de pano e pó. Cris colheu dois frutos ressequidos de seu útero ansioso. Perdeu pai e mãe. Conheceu um irmão bastardo. Comprou terras. Vendeu o carro. Tatuou a panturrilha esquerda. Colocou lentes de vidro sobre os olhos negros e sentou-se num banco do parque. Canelas de fora, pés de fora, colo de fora. Sorriso leve de fora a fora. Sentei-me a seu lado. Os cabelos curtos ficaram muito bem. Crianças corriam naquele domingo ensolarado de primavera. Cris falava sobre a infância, os prazeres, a delicadeza. Colocou a mão sobre meu colo. Eu jamais poderia prever que todo o resto do que eu seria se tornaria o eterno rodear do momento. O eterno rodear em Cris. Infinitamente.
Quatro leques de pestanas saltadas que evidenciam os castanhos globos oculares. Atentos. Receosos de quê? Em pequenos movimentos circulares, como que lambendo cada pedaço do que alcançam as vistas da vista de si. Concentrando-se no meio dos fios alinhados que se deitam acima dos leques, abaixo da parede clara e lisa – que, em insatisfações ou desentendimentos, se converte em reajuste de músculos: numa testa enrugada. Que ali, ainda lisa, já estão guardadas as promessas das marcas que a vida trata de dar. Demorar-se em pontos fixos é permitir-se enxergar os primeiros sinais, riscos leves que nem o maior riso seria capaz de anulá-los. No centro da face aponta delicado e róseo um nariz, nem fino, nem largo. Pedaço de cartilagem bem articulado entre a pele clara das maçãs recém-despertas de uma noite insone. Gripe que interrompe o processo silencioso, invertendo o dedicar-se de Narciso em contorções bruscas e úmidas dos espirros e assoares das narinas. Na esquerda delas, que de cá se vê de lá a mesma, um fio fino e prata a rodear o lado canhoto nasal. Logo abaixo, os lábios. Dois gomos sobrepostos, desenho sutil de contornos em movimento de aconchego. São libertos de segredos, evidenciam não os ter e, por isso, não se trancam secos e imóveis. Antes são dispostos ao desenlace e mostram brancas fileiras de dentes. Deixando as atenções rumarem ao pé do rosto, desliza-se por um arredondado ósseo que delimita o oval. Formato tal que é interrompido por um par de orelhas simetricamente opostas, harmoniosamente decoradas de argolas prateadas e pequenos brilhos que atravessam a carne de suas extremidades. Ali não dormem os segredos que os lábios desconhecem. Ali as conchas auditivas estão atentas ao eco que o silêncio faz. Parecem distraídas. Mantêm-se dispostas às ondas que lhe invadam sem ruídos, em comunicação que se faça inteira e entendível. Retorna-se aos olhos, amansados de si, da dedicação concentrada. Reiniciando em reinvenção todo o processo de descobrimento. E levam-se anos, vidas inteiras na busca de sentidos para a imagem refletida. Os mistérios que geramos e que se emancipam de nós antes de descobertos.
A infância que passei no interior de São Paulo. Não tinha pastos, cavalos, nem Manuelzinhos-da-crôa. Sempre uma menina acostumada aos desprazeres da cidade. “Cuidado com carro!” “Não fale com nenhum estranho...” “Olha a hora, já ta atrasada!” Mas há o interior em suas graças. A amiga da rua de cima. Descendo com a caixa cheia de bonecas para que brincássemos na varanda. Sabão em pó e mangueira pra escorregar nos azulejos enquanto durasse o verão. Saquinhos compridos de plástico cheios de suco artificial sendo insistentemente checados no congelador para que fossem saboreados ao ponto. “Quem chegar por último é a mulher do sapo!” Um dia, voltando da aula – escola de uns quarteirões acima. Foi ainda no portãozão do pátio que chutei uma pedrinha cinzenta. De um dedal era seu tamanho. Fui golpeando delicadamente aquele pedacinho. Fiz subir e descer calçadas, atravessar ruas, rolar pela rampa do lado da igreja – meu deus, como era enorme a rampa que hoje subo em quatro passadas largas! – e fui levando a pedrinha adiante. Fiz conhecer o caminho de saída do mundo. Quis mostrá-la o aconchego. Na ladeira da rua Santa Fé, já apegada à companhia que eu levava sem resistências, tive medo que rolasse fugidia. Agachei-me e descobri o amor. Tinha a tal pedrinha, no de dentro de uma lasca, uma tal infinidade de facetas brilhosas que fiquei de cócoras a observar o universo recém-descoberto. Os dedos em pinça colocaram-na no centro de minha palma branca que se fechou enquanto eu corria pra casa querendo banhá-la. Sabonete, água corrente e o reflexo do meu riso no pescoço da torneira da pia. Escolhi uma caixinha – seus quatro lados de um centimetro – com uma espuminha que deixava o leito mais confortável. Assistia televisão, almoçava, tomava banho, ia dormir... deliciosamente acompanhada. Ao sair para aula dava-lhe beijos carinhosos e andava aflita, já com saudades. Não sei bem quando e qual a maneira. Fui esquecendo-me da pedrinha. A caixinha já não me acompanhava pelos cômodos da casa, já não era aberta todos os dias. Nunca mais dei-lhe banhos. Fui esquecendo-me dela. O mundo e a vastidão da imaginação que me ocupava o tempo e as idéias. Fui esquecendo-me. Até que nunca mais a soube. Assim, sem dores, sem despedidas. Sem dar-me conta. Nunca tive um porquinho-da-índia. Aquela pedrinha sim é que foi o meu primeiro namorado. [tornei-me eu pedrinha. tornei-me busca pela tal lasca em mim. uma procura pela fresta que me leve às infinitas facetas brilhantes (...) alguns que viram. e também dormi em caixinhas acolchoadas. outros também esqueceram-me. apesar das despedidas e contas (...) também eu já fui embora.
Começou numa daquelas manhãs abafadas de Resende, enquanto subia a ladeira do Jardim Brasília II, indo pra casa depois do colégio. Na mochila que me deixava empapada de suor, eu carregava as folhas da longa carta que escrevia para Sara. Ao virar a esquina, já de costas para o Pico das Agulhas Negras, avistaria o sorriso largo e dócil dela. Sara desceria a rampa da garagem para nos abraçarmos saudosas e emocionadas. Eu falaria dos dias vazios, das saudades de Minas Gerais e da falta dela nos meus dias. Mas ao chegar ao meu portão: nem Sara, nem cartas na caixinha de correio. Então eu abria a porta, beijava minha mãe, que estava sempre preparando o almoço, e subia lentamente as escadas que levavam ao meu quarto. Ao abrir a porta, já acostumada ao silêncio daqueles dias, encontraria Sara sentada em minha cama. O tal sorriso, o loiro dos cabelos e o sotaque manso. Mas ao fim dos degraus, a porta aberta denunciava o vazio do quarto. Dias em seqüência, o caminho para casa era o alimento de minha fé. Tecia, cuidadosamente, os detalhes dessa mentira, enganando-me de esperança. Sara nunca cruzou os mais de seiscentos quilômetros de Sete Lagoas até o interior carioca. Fui eu tantas vezes até lá para visitá-la, reencontrar os amigos do teatro, o primeiro menino que namorei e algumas das verdades que construí. Mas quando em casa, dias inúteis, eu era a dona de meus próprios enganos, criando as mentiras que se diluíam. Tão logo eu dobrasse a esquina, no instante em que alcançava o mais alto da escada. Sara nunca soube que sua ausência minguava minha fé. E passei a culpar-me pelas frustrações diárias. Já exausta de uma espera solitária, acabei por concluir que minhas mentiras eram responsáveis pela anulação dos acontecimentos: uma vez que eu pensasse, a possibilidade tornava-se vento. A solução me veio nos entremeios do tempo. Para reencontrar a esperança e em mim a nascente da fé, aprendi então a voar.
A entrega é mesmo livre, assim. Feito estalo em folha seca. Feito um sussurro se alongando pelos tímpanos. Uma vez em terras férteis, ainda que chova ou vente em demasia, ou que por acontecer o contrário, seque o chão até as funduras, uma vez caído o grão, ela nasce. Em silêncio e tortuosa, desenhando seus mistérios. Indo embora sem avisos. Abandonando o ventre remexido e vulnerável. Instaurando nova espera.
Sob a perspectiva de um tempo que se torna inteiramente grávido de futuro foi que descerrou os olhos. Mas não esses de fora, captando mundo e desenhos nas nuvens. Mas dos de dentro, voltados pras razões que certas vezes se esfumaçam e embaralham o entendimento – suspeitando-se de abortos apavorantes. Decidindo-se, pois, sem dar-se conta dos meandros, embrenhou-se por umas quantas questões que adormeciam, há anos, a ausências de gabaritos. E foram tempos turbulentos aqueles. O medo aparecia-lhe no sono atribulado: noites misturando maravilhas e foices. Pequenez no estômago – bolinha verdinha de ervilha murcha. Um tamanho todo de crânio forçando os limites físicos e leis naturais de temperatura e pressão. Era o descompasso silencioso de uma mosca a debater-se contra o vidro que não existe. Ou que em sua natureza de mosca, não vê. Como quando se fala de baixo d’água. O eco oco. Bolhas inúteis correndo para alcançar a liberdade do céu. Num estalar de superfícies em que elas morrem na própria pressa. Porque a morte vem sempre num estalo. Tempo longuíssimo de paciência, isso sim. Barulhos intermináveis insistindo em bater estaca. O umbigo é o fogo central, a origem cega e vital. Erro necessário pra desvendar membros, dedos e enlaces. A fraqueza dos músculos em desuso, antes de cansados. Deslumbradamente dispostos quanto inaptos. Quando enfim. Olhos abertos em águas e cores. Fechados em lábios delicadamente postos. Dedos exatos que passeiam pela pele fresca e entregue. Quando feita a paz.
Leve Desespero Capital Inicial Eu não consigo mais me concentrar Eu vou tentar alguma coisa para melhorar É importante, todos me dizem Mas nada me acontece como eu queria Estou perdido, sei que estou Cego para assuntos banais Problemas do cotidiano Eu já não sei como resolver Sob um leve desespero Que me leva, que me leva daqui Então é outra noite num bar Um copo atrás do outro Procuro trocados no meu bolso Dá pra me arrumar um cigarro? Eu não consigo mais me concentrar Eu vou tentar alguma coisa para melhorar Já estou vendo TV como companhia Sob um leve desespero Que me leva, que me leva daqui Talvez se você entendesse O que está acontecendo Poderia me explicar Eu não saio do meu canto As paredes me impedem Eu só queria me divertir As paredes me impedem Eu já estou vendo TV como companhia Sob um leve desespero Que me leva, que me leva daqui Sob um leve desespero Que me leva, que me leva daqui .
e tudo que vai, agora, eu sei que vai com alguma razão. me perdoe por tudo o que não fiz por nós, pra que essa história se completasse, mas me entenda agora, não quero que isso morra aqui, eu te amo demais e não sei ao certo como seria sem você :/ por favor, fique ou vá, antes que eu me ajoelhe implorando pra você ficar, antes que eu me desespere e desista de mim por vc, fique e diga que vai tentar, que vamos conseguir, hoje eu preciso de vc, quero você, só você. Ninguém mais me faz tão bem, por favor. é isso.

6 de dez. de 2009

Eu não tava nem pensando mas você foi me pegando e agora não importa aonde vá: me ganhou, vai ter que me levar! Você me vê assim do jeito que eu sou É, e faz de mim o que bem quer Eu que sei tão pouco de você E você que teima em me querer.
Hoje em dia não me importo com o que fiz do meu passado Quero amigo, sorte, muita gente boa do meu lado E não rebato se disserem por aí que eu tô errado Porque quem se debate está sozinho ou afogado? Eu que não fico no meio, não começo e nem acabo Eu sou filho do amor, não de Deus nem do diabo A ciranda das canções eu me ponho a revesar Rodando entre as ondas que me puxam em alto mar Hoje sei bem quem sou eu que giro a minha vida circular Essa roda eu que invento e faço tudo nela se encaixar É eu sou assim.

1 de dez. de 2009

Você tem ódio nos seus olhos E arrogância em todas palavras Eu não pretendo julgar você Eu não me sinto no direito Eu faço o que eu quero Mas eu nunca machuquei ninguém Com tolas palavras Por que nós não ficamos juntos? Por que não ficamos juntos? Não estou invadindo o seu espaço Apenas reconquistando tudo aquilo que eu perdi Tudo aquilo que me foi roubado Mas parece que vou levar muito tempo.
Já não tenho dedos pra contar de quantos barrancos despenquei, e quantas pedras me atiraram, e quantas atirei. Tanta farpa, tanta mentira , tanta falta do que dizer ; nem sempre é so easy se viver. Hoje não consigo mais me lembrar de quantas janelas me atirei e quanto rastro de incompreensão eu já deixei . Tantos bons, quantos maus motivos, tantas vezes desilusão, quase nunca a vida é um balão. Mas o teu amor me cura de uma loucura qualquer ; encostar no teu peito e se isso for algum defeito, por mim, tudo bem.

28 de nov. de 2009

E quando eu realmente fiz de tudo para não mais lembrar Você simplesmente apareceu e em inconcientemente me fez recordar Que com você tudo era completo aqui, o meu mundo era perfeito como eu sempre quis Era inevitável com você não estar feliz.
Se o chão se abrir e você sentir que já não tem mais forças Confie e acredite, sempre um pouco mais Se existe o caos e a dor, também existe a fé e a esperança Em algo maior, ALGO MELHOR. Não é felicidade, amor, carinho e sim viver e aceitar que pra cada Dia ou pensamento que ferir seu coração, vai existir a recompensa Por tudo o que você passou e pra cada sonho que perdeu, encontrará Um novo sonho inteiro ao seu dispor.

26 de nov. de 2009

Algumas linhas mal destacadas de Dom Casmurro. Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior; é outra coisa. A certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira. Em verdade, pouco apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é gasto em hortar, jardinar e ler; como bem e não durmo mal. [...] Mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro, uma tarde clara e fresca, sossegada como a nossa casa e o trecho da rua em que morávamos. Verdadeiramente foi o princípio da minha vida; tudo o que sucedera antes foi como o pintar e vestir das pessoas que tinham de entrar em cena, o acender das luzes, o preparo das rabecas, a sinfonia... Agora é que eu ia começar a minha ópera. “A vida é uma ópera”, dizia-me um velho tenor italiano que aqui viveu e morreu... E explicou-me um dia a definição, em tal maneira que me fez crer nela. Talvez valha a pena dá-la; é só um capítulo. [...] Pois, francamente, só agora entendia a emoção que me davam essas e outras confidências. A emoção era doce e nova, mas a causa dela fugia-me, sem que eu a buscasse nem suspeitasse. Os silêncios dos últimos dias, que me não descobriam nada, agora os sentia como sinais de alguma coisa, e assim as meias palavras, as perguntas curiosas, as respostas vagas, os cuidados, o gosto de recordar a infância. Também adverti que era fenômeno recente acordar com o pensamento em Capitu, e escutá-la de memória, e estremecer quando lhe ouvia os passos. Se se falava nela, em minha casa, prestava mais atenção que dantes, e, segundo era louvor ou crítica, assim me trazia gosto ou desgosto mais intensos que outrora, quando éramos somente companheiros de travessuras. Cheguei a pensar nela durante as missas daquele mês, com intervalos, é verdade, mas com exclusivismo também. Tudo isto me era agora apresentado pela boca de José Dias, que me denunciara a mim mesmo, e a quem eu perdoava tudo, o mal que dissera, o mal que fizera, e o que pudesse vir de um e de outro. Naquele instante, a eterna Verdade não valeria mais que ele, nem a eterna Bondade, nem as demais Virtudes eternas. Eu amava Capitu! Capitu amava-me! E as minhas pernas andavam, desandavam, estacavam, trêmulas e crentes de abarcar o mundo. Esse primeiro palpitar da seiva, essa revelação da consciência a si própria, nunca mais me esqueceu, nem achei que lhe fosse comparável qualquer outra sensação da mesma espécie. Naturalmente por ser minha. Naturalmente também por ser a primeira. [...] Não alcancei mais nada, e para o fim arrependi-me do pedido: devia ter seguido o conselho de Capitu. Então, como eu quisesse ir para dentro, prima Justina reteve-me alguns minutos, falando do calor 21 e da próxima festa da Conceição, dos meus velhos oratórios, e finalmente de Capitu. Não disse mal dela; ao contrário, insinuou-me que podia vir a ser uma moça bonita. Eu, que já a achava lindíssima, bradaria que era a mais bela criatura do mundo, se o receio me não fizesse discreto. Entretanto, como prima Justina se metesse a elogiar-lhe os modos, a gravidade, os costumes, o trabalho para os seus, o amor que tinha a minha mãe, tudo isto me acendeu a ponto de elogiá-la também. Quando não era com palavra, era com gesto de aprovação que dava a cada uma das asserções da outra, e certamente com a felicidade que devia iluminar-me a cara. Não adverti que assim confirmava a denúncia de José Dias, ouvida por ela, à tarde, na sala de visitas, se é que também ela não desconfiava já. Só pensei nisso na cama. Só então senti que os olhos de prima Justina, quando eu falava, pareciam apalpar-me, ouvir-me, cheirar-me, gostar-me, fazer o ofício de todos os sentidos. Ciúmes não podiam ser; entre um pirralho da minha idade e uma viúva quarentona não havia lugar para ciúmes. É certo que, após algum tempo, modificou os elogios a Capitu, e até lhe fez algumas críticas, disse-me que era um pouco trêfega e olhava por baixo; mas ainda assim, não creio que fossem ciúmes. Creio antes... sim... sim, creio isto. Creio que prima Justina achou no espetáculo das sensações alheias uma ressurreição vaga das próprias. Também se goza por influição dos lábios que narram. [...] Tinha então pouco mais de dezessete... Aqui devia ser o meio do livro, mas a inexperiência fezme ir atrás da pena, e chego quase ao fim do papel, com o melhor da narração por dizer. Agora não há mais que levá-la a grandes pernadas, capítulo sobre capítulo, pouca emenda, pouca reflexão, tudo em resumo. Já esta página vale por meses, outras valerão por anos, e assim chegaremos ao fim. Um dos sacrifícios que faço a esta dura necessidade é a análise das minhas emoções dos dezessete anos. Não sei se alguma vez tiveste dezessete anos. Se sim, deves saber que é a idade em que a metade do homem e a metade do menino formam um só curioso. Eu era um curiosíssimo, diria o meu agregado José Dias, e não diria mal. O que essa qualidade superlativa me rendeu não poderia nunca dizê-lo aqui, sem cair no erro que acabo de condenar; a análise das minhas emoções daquele tempo é que entrava no meu plano. Posto que filho do seminário e de minha mãe, sentia já debaixo do recolhimento casto uns assomos de petulância e de atrevimento; eram do sangue, mas eram também das moças que na rua ou da janela não me deixavam viver sossegado. Achavam-me lindo, e diziam-mo; algumas queriam mirar de mais perto a minha beleza, e a vaidade é um princípio de corrupção.

22 de nov. de 2009

Você só pensa nessa porra de imagem, se acha foda porque usa tatuagem, que radical, seu cabelo colorido, sensacional essa argola no umbigo. Seus amiguinhos com cara de ET, eu quero mais é que vão se foder, que continuem nessa porra de festinha, tomando um drinque ou fuçando uma farinha. Você é uma barbie disfarçada e não se enxerga, por fora é uma beleza, mas o recheio é uma merda. O meu armário não tem roupa prateada, a calça é velha e tá meio desbotada, sinto muito se o meu tênis tá furado, não sou produto e não vou ser rotulado.Não use fantasia pra ser diferente seu figurino não condiz com sua mente, debaixo da carcaça há uma idéia ultrapassada.Tudo tem limite, senão vira palhaçada.
Tenho estado distraído E até contente e sem juízo. E mesmo assim sei, por instinto: Muitos sentem o que eu sinto. Impacientes e indecisos Cada um com seus motivos - Sem trabalho? Sem alívio. A armadilha é só isso. É um feitiço tão latino E essa preguiça é um feitiço: Um exílio pelo avesso Que desvia o compromisso.
O jeito que você arruma seu cabelo procurando aquele efeito que o mundo não quer reparar - Revela tanto! E o tempo que demora para decidir se aquilo que está ouvindo é convincente para poder concordar - E me deixa esperando. Eu posso esperar Assim que eu entro já no cumprimento eu reconheço as múltiplas perguntas que na ausência entram em meu lugar - Seus olhos fitam com medo. A única certeza que eu tenho é absurda pois a dúvida sustento, porque não me mudar? [...] Se um gênio perguntasse quais seriam os meus três desejos o primeiro, pediria ao tempo voltar pra trás. - pra te ver aos dezesseis anos Não há idéia que alcance ou seja parecida com a imagem da menina esguia, a bolsa a tiracolo - e as pedras só pesando Pois ela nunca irá jogá-las! O seguinte, segundo desejo, emoldurar no céu o seu sorriso que eu pensei que nunca mais pudesse reencontrar O filho é que cria a mãe E o último, complexo, honesto e genuíno, amar sem precisar da dor, querer também sem magoar Tocar seu corpo. Hoje mesmo.

20 de nov. de 2009

Mude Mas comece devagar, Porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço... Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, Ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de TV, Compre outros jornais... Leia outros livros, Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, Novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia. O novo lado, O novo método, O novo sabor, O novo jeito, O novo prazer, O novo amor, A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, Tome outro tipo de bebida Compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado... Outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, Cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, Compre novos óculos, Escreva outras poesias. Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, Outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus. Mude. Lembre-se de que a vida é uma só. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda! Repito por pura alegria de viver: A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!

14 de nov. de 2009

De onde eu estou agora, vejo as cores se desfazendo, tudo cinza, sem vida, morrendo. Creio que só basta olhar as estrelas, só elas na verdade me fazem feliz, mesmo que não seja por um longo tempo, mesmo que agora seja só por um triz. Me sinto sem forças para tentar fazer o que é certo, o caminho mais fácil está errado, mas está tão perto, não, repito pra mim tentando me convencer de que não está correto, duvido que se segui-lo vai ser a melhor decisão, talvez só seja preciso fazer uma oração, oração ao sol. Sol, que ilumina minha vida, que me enche de calor e de alegria, que me angustia vezes sim, que me maltrata também,o sol que eu preciso para viver, assim como a água, ar, lua, mas sol não me confunda com as nuvens, não sou tua. Essa escuridão nos meus olhos se fará lágrimas e tudo ficará bem mais feliz e colorido, talvez seja a hora, agora, de derramá-las, me ajude sol, me ajuda a solta-las. Quero sentir você tocar em mim, me enchendon de bençãos e de amor, como magia, por favor sol não se vá, não leve de novo a minha alegria, rimas são apenas rimas comparado a tudo que tenho para lhe falar, mas se ficar só mais um pouco, depois lhe ajudo a repousar, me ensine o prazer da vida, me ensine a amar e quando tudo se for e as lágrimas caírem, aí sim sol, te deixo voltar. Somos tão pequenos diante de tudo que podemos ser, sol te peço só um instante pra desaparecer, lua venha a mim, me faça a escuridão macia, quero que me cubra aos poucos e assim quase dormindo saberei que não estou ficando louco. Lua, Sol, elementos da vida. mesmo sendo só uma, vou conseguir.

13 de nov. de 2009

"... E da fruta tiro a polpa... da puta tiro a roupa Da luta não me retiro Me atiro do alto e que me atirem no peito Da luta não me retiro... Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem" ♪ A minha alma escura, deseja em tua alma seguir. Agora que já é tarde pra se dar a razão, normalmente, as coisas que são feitas, ditas e sentidas; eu aqui sozinha imaginando o que poderia ter acontecido e que por descuido meu, e só meu, não ocorreu. Desculpe pelas besteiras amargas, pelas tardes ingratas que o destino te comprometeu, desculpe por todas as desculpas, por todos os desafetos, pelo que nunca aconteceu. Se estiver lendo, me desculpe também estar escrevendo uma coisa só minha, é que me chegou a solidão, bateu em minha porta, antes que eu lhe visse abrir o portão; chegou como quem não quer nada, ligou pra saudade e ela trouxe mais confusão, agora as duas aqui me obrigando a escrever, coisas relevantes do coração. Beatriz Café.

9 de nov. de 2009

eu acordei mais uma vez, sem você.

5 de nov. de 2009

Mergulhando nos sofrimentos, essa hora do dia, porque que tem que ser tão dura comigo? Porque me faz sentir tanta falta assim da tua presença? Eu quero você aqui e eu me arrependo a cada segundo de ter te feito ir embora, sem você querer, me desculpa, errei muito com você, é tarde agora não é? eu sinto muito, sinto muito por nós dois. É de direito sofrer assim, com toda a razão, tenho motivos de sobra pra me sentir invisível pra você, eu queria tanto que você vinhesse rindo pra mim de novo, dizendo besteiras e me fazendo rir só por estar com você, me fazendo a melhor ou a pior pessoa do mundo, eu quero me sentir mal ou bem com você, agora tanto faz, só quero ver você sorrindo e dizer que hoje ficará tudo bem. Você era a minha certeza de que eu teria outra chance quando precisasse, mas agora, isso não basta. Somos tão pequenos perto do que sentimentos e eu ainda te amo, te amo mais que 5 meses atrás, é impossível tirar você daqui, de um lugar que foi feito pra ser seu, você terá meu amor pra sempre, ele vai se eternizar. Desculpe sofrer assim, desculpe fazer tudo errado, mas volta? Por favor, eu preciso de você; ._. Please, please forgive me, But I won't be home again. Maybe someday you'll look up, And, barely conscious, you'll say to no one: "Isn't something missing?" You won't cry for my absence, I know - You forgot me long ago. Am I that unimportant? Am I so insignificant? Isn't something missing? Isn't someone missing me? Even though I'd be sacrifice, You won't try for me, not now. Though I'd die to know you loved me, I'm all alone. Isn't someone missing me? Please, please forgive me, But I won't be home again. I know what you do to yourself, I breathe deep and cry out, "Isn't something missing? Isn't someone missing me?" Even though I'd be sacrifice, You won't try for me, not now. Though I'd die to know you loved me, I'm all alone. Isn't someone missing me? And if I bleed, I'll bleed, Knowing you don't care. And if I sleep just to dream of you I'll wake without you there, Isn't something missing? Isn't something... Even though I'd be sacrifice, You won't try for me, not now. Though I'd die to know you loved me, I'm all alone. isn´t something missing? Isn't someone missing me? não é um bom dia.

4 de nov. de 2009

Quem nunca quis amar além do medo? Não vou tentar; Eu sei que estive perto, mas você se foi Não sou tão inseguro, você não entendeu. ♪ É, vou atualizar esse diário online aqui. Bem, eu tou procurando uma coisa que ainda não sei o nome, mas sei o que se concentra, sei com que finalidade ela virá, sei que tem que me fazer bem e eu a ela o mesmo. Eu li um dia desses uma coisa assim "Te digo uma coisa, não te digo nada e lhe digo mais, só lhe digo isso" pra umas pessoas pode parecer bastante balela, e é na verdade, só que eu pensando hoje me foquei no ponto principal da questão 'não é preciso eu dizer nada, se me conhecer, te bastará olhar dentro dos meus olhos', é, costumam dizer que os olhos são as janelas da alma, mas a alma em si não tem olhos, a alma ela é feita de um elemento além do nosso entendimento, então não vou contestar as almas, vou contestar os sentimentos, clichê? É, mas qual o assunto que ninguém fala? Então vamos lá, sentimentos, cara odeio me sentir vazia e odeio que me façam sentir isso também, uma vida é pra ser vivida e aprendida da melhor maneira possível e esses dias, todos esses dias tem sido em vão, porque nada disso eu vou levar comigo, então, o que eu quero mesmo dizer, é que sentimentos,são sentimentos, mesmos os mais covardes (Meus créditos a Jéssica.), não leve as coisas tão a sério, as vezes uma transa pode significar só uma transa, e quer saber? nada mais disso importa. Os sentimentos pessoais são todos complexos, vistos de modos diferentes, enfrentados ou não de formas desiguais, pra ser honesta, não acredito em liberdade a dois, não acredito que um relacionamento permaneça igual depois de muito tempo, se quer acredito que ele um dia haverá de se eternizar, porque hoje em dia isso não existe. Por isso, aproveite, reflita, divirta cada momento do seu dia, conquiste cada pessoa que você conhecer, pessoas são raras, cada uma é cada uma, não há dois de nós, não há aprendizagem melhor do que os erros, não há queda que venha para o mal, e se afinal amar o próximo é tão demodê, seja brega, seja clichê, faça o bem, dê a sua confiança a prova, garanto que arrependimentos não matam e o bem se faz no equilibrio, na paz. Meus votos SINCEROS a Jéssica, amor te amo, te cuida, luta. ♥ abraço pra Saraah paixão, pro Lu que contesta tudo que escrevo e pros demais que passarem aqui, aprendam, viva e não sobreviva. palavras de uma atordoada 04/11/2009.

3 de nov. de 2009

Ah vamo né, eu deixei o 'umpoucodebiscoitoscomcafe' de lado, então tou por aqui, ainda no começo, tranformar nisso em outro diário, pra quem lê o meu outro blog como o Lu (meus votos a você luzin) vai até que se entediar por aqui, então, se não quiser perder seu tempo pare agoora. Hoje? bem, hoje acordei e sem nenhuma razão pra respirar, respirei. Disse a mim mesma que precisava mudar a minha situação o mais rápido possível e voltei a me afogar em algumas lembranças que por dias, me assombram ou aquietam de certa forma, é. Saí com meu pai, fui ao cemitério como de costume, me senti super mal lá, sentindo muita falta ainda do meu tio, das palhaçadas e do jeito absurdo que sabia me irritar (Tio, você é o cara ♥)depois de um pequeno intervalos de sons, falatórios, choros, rezas e despedidas, fui andando e vendo as datas de nascimentos e mortes que haviam nas escrituras dos jazigos, e me perguntando porque um cemitério me faz pensar tanto, me faz entender que a vida é tão frágil, tão imperdoável com quem lhe julga mal,a vida é só uma vida e mais nada. Voltando ao sentir ser da questão, fui jantar com meu pai e sua querida namorada, Simone. Bem, eu e ela não nos damos tão bem quantos podemos dizer que somos amigas, mas é, eu não tenho vontade de matar ela, nem ela de colocar chiclete no meu cabelo, então tudo fica no equilibro. Discutir com meu pai já passou a ser rotina e descupá-lo também, aí que eu saio do sentido ser e entro no sentido de filha mal entendida e desorientada da vida pelo seu próprio pai, vocês já devem ter escutado isso de alguma jovem no momento de "eu sou lésbica ou gosto de meninos idiotas?" bem, isso é uma fase que eu prefiro não comentar, entenda como quiser, principalmente você Lu ^^ Saindo um pouco desse assunto, vocês viram a lua hoje? *------------------* incrível, brilhava e parecia que sabia que eu era só dela aquela noite, que minha atenção e coração, todos os desejos em si, estavam nela; ela brilhou pra mim, num pequeno momento de magia, rs. É, lembrei do Alexandre, por falar nisso, nunca falei dele em meus blogs porque conheci ele por esses dias, ele é incrível, parece ser uma cabeça super madura, claro, ele tem 23 anos, mas enfim, meus votos a você Alê, não tinha falado de você ainda, então tá aí. Aproveitando o momento, oi, eu estou infeliz e alguém por favor quer me tirar desse tédio infeliz? Aaah, Adélia, muito bom te ver hoje gostosa, te prezo querida, um beijo. É, abstrai e até a próxima. registos atordoados de 02/11/2009.

30 de out. de 2009

depois arrumo tudo isso.

How can you see into my eyes like open doors Leading you down into my core Where I've become so numb without a soul My spirit sleeping somewhere cold Until you find it there and lead it back home (Wake me up) Wake me up inside (I can't wake up) Wake me up inside (Save me) Call my name and save me from the dark (Wake me up) Bid my blood to run (I can't wake up) Before I come undone (Save me) Save me from the nothing I've become Now that I know what I'm without You can't just leave me Breathe into me and make me real Bring me to life (Wake me up) Wake me up inside (I can't wake up) Wake me up inside (Save me) Call my name and save me from the dark (Wake me up) Bid my blood to run (I can't wake up) Before I come undone (Save me) Save me from the nothing I've become Bring me to life I've been living a lie. There's nothing inside Bring me to life Frozen inside without your touch without your love Darling only you are the life among the dead All of this time I can't believe I couldn't see Kept in the dark but you were there in front of me I've been sleeping a thousand years it seems Got to open my eyes to everything Without a thought without a voice without a soul Don't let me die here there must be something more Bring me to life (Wake me up) Wake me up inside (I can't wake up) Wake me up inside (Save me) Call my name and save me from the dark (Wake me up) Bid my blood to run (I can't wake up) Before I come undone (Save me) Save me from the nothing I've become Bring me to life I've been living a lie. There's nothing inside Bring me to life.

30 de dez. de 2009

Não sei, quando tudo fica assim entre a gente eu sinceramente não sei, a distância é tão doce, doce que pode até matar. Perdão. As cores já desbotaram faz é tempo, alegrias e tristezas se misturam, a certeza do hoje não existe, não temos mais lembranças de nossas horas acumuladas de gargalhadas, aquelas que ecoavam pelo ar formando não apenas corações, formando novos gestos e carinhos que nem eu e nem você entendíamos. Eu me arrependo tanto do que eu fiz e deixei de fazer. Perdão 2. Nem que eu viva mil anos, nem assim isso vai passar, mesmo com cores desbotadas, deformando todos aqueles nossos corações e carinhos lá no céu, mesmo com tudo isso, eu vou te amar pro resto da vida, eu sei, é errado afirmar isso, mas quero que fique registrado pra poderem me cobrar se um dia o preto e branco levar minha memória.
Amarrados na caverna sem perceber que as sombras na pedra não passam de sombras ainda veremos todo o céu derretendo pingando o ódio que subiu e que se acumula cada dia mais nas nuvens negras sobre os chapéus, apenas o amor nos salvará Urubus espalharão que estou afundado na insensatez, Insensato é quem não fica bem quando vê que o outro encontrou a paz. - Seja sempre sincero Com aquilo que sente Eu ainda te espero... Bem aqui. ♥

29 de dez. de 2009

Foi buscando acertar que às vezes eu errei Mas quem pode acusar sem tentar compreender Quando saio sem regar violetas que plantei A sede que causei me afogará Sem pressa sei que posso alcançar Digam o que quiserem só uma coisa importa Verdadeiro é meu amor o sentimento foi real Quando eu te entreguei tudo aquilo que há em mim Pode até não parecer Se o mal que há em mim faz doer o seu coração Minha triste imperfeição Será que conseguirei a bondade que sonhei? Estou sempre a tentar remover as pedras Se desvio o olhar da mão em minha direção Fecho os olhos para mim e para você Não canso, não desisto de lutar Ainda se tropeço só uma coisa importa Verdadeiro é meu amor.

28 de dez. de 2009

Às vezes parecia que de tanto acreditar em tudo que achávamos tão certo, teríamos o mundo inteiro e até um pouco mais, faríamos floresta do deserto, e diamantes de pedaços de vidro. Mas percebo agora que o teu sorriso vem diferente, quase parecendo te ferir. Não queria te ver assim. Quero a tua força como era antes, o que tens é só teu e de nada vale fugir. E não sentir mais nada. Às vezes parecia que era só improvisar e o mundo então seria um livro aberto. Até chegar o dia em que tentamos ter demais, vendendo fácil o que não tinha preço. Eu sei é tudo sem sentido, quero ter alguém com quem conversar, alguém que depois não use o que eu disse contra mim. Nada mais vai me ferir, é que eu já me acostumei com a estrada errada que eu segui, e com a minha própria lei. Tenho o que ficou e tenho sorte até demais. Como sei que tens também.

24 de dez. de 2009

Não me faça nenhum favor Não espere nada de mim Não me fale seja o que for Sinto muito que seja assim Como se fizesse diferença O que você acha ruim Como se eu tivesse prometido Alguma coisa pra você Eu nunca disse que faria o que é direito Não se conserta o que já nasce com defeito Não tem jeito Não há nada a se fazer Mesmo que eu pudesse controlar a minha raiva Mesmo que eu quisesse conviver com a minha dor Nada sairia do lugar que já estava Não seria nada diferente do que sou Não quero que me veja Não quero que me chame Não quero que me diga Não quero que reclame Eu espero que você entenda bem Eu não gosto de ninguém.

23 de dez. de 2009

Já parou pra pensar em como o mar é grande? Já parou pra pensar nas riquezas que ele traz? Já parou pra pensar que um choro é a extremidade dos sentimentos? Já parou pra pensar em como o céu muda de cor? Já parou pra pensar que daqui a algum tempo nos tornaremos velhos? Já parou pra pensar na fome de toda humanidade? Você alguma vez já parou pra pensar? Já parou pra pensar que eu posso tá falando um monte de besteira enquanto você se entope de mentiras que quer escutar? Já parou pra pensar que nem sempre a coisa que eu acho certa você também vai achar? Meu bem, você já parou pra pensar? alguma vez. (uma das músicas que eu fiz uns mil anos atrás HIOSHDFIOHSD) :*

20 de dez. de 2009

E vem cá para o meu lado Pra gente viver sem dor.

18 de dez. de 2009

It's a little too late for you to come back Say it's just a mistake Think I'd forgive you like that If you thought I would wait for you You thought wrong... But you're just a boy You don't understand How it feels to love a girl someday You wish you were a, better man You don't listen to her You don't care how it hurts Until you lose the one you wanted Cause you're taking her for granted And everything you had got destroyed But you're just a boy.
Alô aqui é do Céu. Quem tá na linha é Deus. Tô vendo tudo esquisito o que que deu em vocês? Por favor não deixem a peteca cair. O diabo disse que vai baixar de uma vez por aí. Pois é, eu fiz vocês como eu, imagem e perfeição e vocês anarquisando a minha reputação. Eu não compreendo tanta reclamação se dei igual pra todo mundo, tem gente aí metendo a mão. Segunda. Tão acabando com a Terra que era somente sua. agora já tão querendo se mudar pra lua. O que vocês querem exigir mais de mim. Se tudo que eu fiz vocês acham ruim? Agora eu vou desligar o telefone tá caro. Já falei demais. Brigado pela atenção. Mas por favor se ligarem dizendo ser eu Pode ser um trote do diabo que já desceu. Que já desceu.

16 de dez. de 2009

tou com idéias na cabeça, mas ainda não as organizei, então, tempo sim? Passem bem.

15 de dez. de 2009

Infantil meu pedido, que me esperassem crescer pra ver tanta mentira,é tudo verdade; a gente não agüenta mais tanta mentira! Quero conversa sincera, olhar bem pra tua cara e até te agradecer por isso. É tudo verdade a gente não aguenta mais, tanta mentira! Falta de opção, falta de amor você não tem noção... É ambição demais , reação de menos, poluindo não punindo, o óleo fica pra depois. Raimundos, pavilhões, submundos, multidões . Só não posso deixar pra depois, filmes mudos, lados b,lados bons, eu e você . Eu só não vou me deixar para depois (...) Eu só não vou te deixar pra depois, eu e você e eu, nunca mais pra depois.
As palavras e as promessas Tão passado e tão presente Tão eterno enquanto dure E o coração em cubos.

13 de dez. de 2009

Quem mais eu posso ser, que mais posso fazer Quem mais seria, senão eu Se não adiantou, me diga, por favor Me ama ou me deixa ir Não me perca amor, se resolve Ou me deixa amor, ou se entrega a mim E mesmo sem sorrir, ainda estou aqui Ainda é tempo, não lavei minhas mãos Se acaso decidir, não vir pela metade Não durma no ponto, pra não chegar tarde.
Esses dias andei pensando, solucionando, formulando tudo que você disse e não fez, é, é complicado admitir que nos damos ao desfrute do nada, somos esquisitos, nos amamos e não demonstramos; somos estranhos, nos queremos e não nos escontramos. Será? Às vezes me bate uma tristeza, rodam mil histórias na minha cabeça, ciúme, decepção, desejo, como atribuir tanto sentimento a um só ser? Você anda tomando muito espaço, espaço esse que não me pertence, cuidado pra não passar pra o gramado do vizinho, eu sei que a grama é verde, mas nem sempre foi assim. Estou esperando e cada minuto parece um ano, cada segundo minha alma grita, implora, volte, isso tá me matando, mas eu quero que você volte por querer e não por pedido meu, parece um orgulho meio bobo, temos que conversar tanto ainda sobre isso, só que hoje o que eu quero não é você, só hoje viu? Hoje eu quero o meu silêncio, a minha solidão e eu não abro mão, amanhã, bem, amanhã a gente vê.
Eu devia estar contente Porque eu tenho um emprego Sou um dito cidadão respeitável E ganho quatro mil cruzeiros Por mês... Eu devia agradecer ao Senhor Por ter tido sucesso Na vida como artista Eu devia estar feliz Porque consegui comprar Um Corcel 73... Eu devia estar alegre E satisfeito Por morar em Ipanema Depois de ter passado Fome por dois anos Aqui na Cidade Maravilhosa... Ah! Eu devia estar sorrindo E orgulhoso Por ter finalmente vencido na vida Mas eu acho isso uma grande piada E um tanto quanto perigosa... Eu devia estar contente Por ter conseguido Tudo o que eu quis Mas confesso abestalhado Que eu estou decepcionado... Porque foi tão fácil conseguir E agora eu me pergunto "e daí?" Eu tenho uma porção De coisas grandes prá conquistar E eu não posso ficar aí parado... Eu devia estar feliz pelo Senhor Ter me concedido o domingo Prá ir com a família No Jardim Zoológico Dar pipoca aos macacos... Ah! Mas que sujeito chato sou eu Que não acha nada engraçado Macaco, praia, carro Jornal, tobogã Eu acho tudo isso um saco... É você olhar no espelho Se sentir Um grandessíssimo idiota Saber que é humano Ridículo, limitado Que só usa dez por cento De sua cabeça animal... E você ainda acredita Que é um doutor Padre ou policial Que está contribuindo Com sua parte Para o nosso belo Quadro social... Eu que não me sento No trono de um apartamento Com a boca escancarada Cheia de dentes Esperando a morte chegar... Raulzito ♥

8 de dez. de 2009

Dói de verdade e não é bonito. O dia nasceu coerentemente cinza e chuvoso na minha noite mal-dormida e mal-entendida. Porque sou mesmo medrosa e talvez pela primeira vez em minha existência eu tenha me enxergado com relação ao mundo. Sei que depois de todo um marasmo e calmaria, veio meu tropeço, meu tombo, meu rosto desfigurado, inchado de sono, bebida e choro. Era mais bonito quando doía de leve, mas eu não ficaria sem sentir a vida por muito tempo, e eis que ontem ela me cuspiu na cara e riu da minha falta de jeito, me encolhendo no cantinho da janela. Talvez o sol apareça, talvez as pessoas voltem a me sorrir coloridas, talvez eu volte a pertencer a forma que desejam e talvez, assim sendo, eu volte a me esquecer de mim, embora eu jamais esqueça essa dor que eu ainda nem sei entender.

7 de dez. de 2009

Como tem gente delicada no mundo... Cris disse enquanto a menina se distanciava, com duas balas escondidas nas miúdas mãos fechadas em concha. Fazia um calor forte demais para uma primavera recém-nascida naqueles entremeios de setembro. Mas um vento vinha de leve mexer no vestido da menina, nos cabelos de Cris, nos meus olhos que se enrugavam. Eu gosto desse tempo. Gosto mesmo. Lembro de sempre desenhar umas florzinhas quando era criança. E minha mãe dizia que sempre quando me perguntavam do que eu mais gostava na vida, aí eu respondia que era da primavera... Ela tinha um jeito lento e preciso de sorrir, sem esbanjar a alegria que de fato lhe comovia. E se num pedaço de história acontecesse de se lembrar de coisas outras menos felizes, não disfarçava o movimento do rosto se transformando num lento cair de músculos. Mas geralmente tinha os lábios fechados num começo de sorriso ainda não dado. Cris era uma promessa. O por-vir. O de-depois que é recompensa e melhora do que se tem nos agoras das horas infinitamente presentes. Pensando melhor, agora, eu achava que os cabelos curtos lhe ficavam bem. Realçavam as maçãs do rosto, os negros olhos atentos – cabendo em si a curiosidade nata que é dada ao sexo feminino. Que perguntam sem dedos em escoriações, rodeando as respostas que já conhecem, feito borboletas que não se permitem prever o rumo. Cris era a mulher mais borboleta que já nasceu. A menininha voltou, em pequenos saltos, se aproximando inclinada do rosto de Cris, que se abaixou, surpresa e agradecida, ao beijo estalado. Ela sequer sabia que a delicadeza das gentes do mundo só lhe saltava às vistas por razão de suas retinas dispostas. Ela sequer sabia que nas delicadezas todas há um cerne que não se alcança, uma razão silenciosa que se move na generosidade. Como se uma qualidade diferente de almas delicadas estivesse distribuída e fosse se reconhecendo em gestos de delicadeza. Faz muito tempo que eu perdi a espontaneidade do prazer... isso é tão estranho, a gente esquecer onde coloca o desejo, ficar desatento ao que dá força pros movimentos, não é? O olhar era interrogativo, mas a questão era muda de resposta. No eco dos gritos das outras crianças todas Cris devia se deitar. De braços abertos. Junto aos pequenos que vestiam suas cores, carregando balões e algodões-doce. Que a beleza de Cris nascia exatamente onde surgiam as plenitudes e os ápices. E também onde estes se perdiam, caindo em desencanto, em esquecimento, em turvas atenções – feito guardassem em si o segredo que lhes serviu de vida. Cris era essa espécie de gaveta. Vezes aberta, noutras não. Cris baixou os olhos e colocou a mão no meu colo. Retribuí o gesto, descansando meus dedos sobre os dela. E passaram-se anos. Vieram primaveras inteiras, correram ventos e folhas. Os dias acumulados. Os restos de risos. Começos de estradas. Pedaços de pano e pó. Cris colheu dois frutos ressequidos de seu útero ansioso. Perdeu pai e mãe. Conheceu um irmão bastardo. Comprou terras. Vendeu o carro. Tatuou a panturrilha esquerda. Colocou lentes de vidro sobre os olhos negros e sentou-se num banco do parque. Canelas de fora, pés de fora, colo de fora. Sorriso leve de fora a fora. Sentei-me a seu lado. Os cabelos curtos ficaram muito bem. Crianças corriam naquele domingo ensolarado de primavera. Cris falava sobre a infância, os prazeres, a delicadeza. Colocou a mão sobre meu colo. Eu jamais poderia prever que todo o resto do que eu seria se tornaria o eterno rodear do momento. O eterno rodear em Cris. Infinitamente.
Quatro leques de pestanas saltadas que evidenciam os castanhos globos oculares. Atentos. Receosos de quê? Em pequenos movimentos circulares, como que lambendo cada pedaço do que alcançam as vistas da vista de si. Concentrando-se no meio dos fios alinhados que se deitam acima dos leques, abaixo da parede clara e lisa – que, em insatisfações ou desentendimentos, se converte em reajuste de músculos: numa testa enrugada. Que ali, ainda lisa, já estão guardadas as promessas das marcas que a vida trata de dar. Demorar-se em pontos fixos é permitir-se enxergar os primeiros sinais, riscos leves que nem o maior riso seria capaz de anulá-los. No centro da face aponta delicado e róseo um nariz, nem fino, nem largo. Pedaço de cartilagem bem articulado entre a pele clara das maçãs recém-despertas de uma noite insone. Gripe que interrompe o processo silencioso, invertendo o dedicar-se de Narciso em contorções bruscas e úmidas dos espirros e assoares das narinas. Na esquerda delas, que de cá se vê de lá a mesma, um fio fino e prata a rodear o lado canhoto nasal. Logo abaixo, os lábios. Dois gomos sobrepostos, desenho sutil de contornos em movimento de aconchego. São libertos de segredos, evidenciam não os ter e, por isso, não se trancam secos e imóveis. Antes são dispostos ao desenlace e mostram brancas fileiras de dentes. Deixando as atenções rumarem ao pé do rosto, desliza-se por um arredondado ósseo que delimita o oval. Formato tal que é interrompido por um par de orelhas simetricamente opostas, harmoniosamente decoradas de argolas prateadas e pequenos brilhos que atravessam a carne de suas extremidades. Ali não dormem os segredos que os lábios desconhecem. Ali as conchas auditivas estão atentas ao eco que o silêncio faz. Parecem distraídas. Mantêm-se dispostas às ondas que lhe invadam sem ruídos, em comunicação que se faça inteira e entendível. Retorna-se aos olhos, amansados de si, da dedicação concentrada. Reiniciando em reinvenção todo o processo de descobrimento. E levam-se anos, vidas inteiras na busca de sentidos para a imagem refletida. Os mistérios que geramos e que se emancipam de nós antes de descobertos.
A infância que passei no interior de São Paulo. Não tinha pastos, cavalos, nem Manuelzinhos-da-crôa. Sempre uma menina acostumada aos desprazeres da cidade. “Cuidado com carro!” “Não fale com nenhum estranho...” “Olha a hora, já ta atrasada!” Mas há o interior em suas graças. A amiga da rua de cima. Descendo com a caixa cheia de bonecas para que brincássemos na varanda. Sabão em pó e mangueira pra escorregar nos azulejos enquanto durasse o verão. Saquinhos compridos de plástico cheios de suco artificial sendo insistentemente checados no congelador para que fossem saboreados ao ponto. “Quem chegar por último é a mulher do sapo!” Um dia, voltando da aula – escola de uns quarteirões acima. Foi ainda no portãozão do pátio que chutei uma pedrinha cinzenta. De um dedal era seu tamanho. Fui golpeando delicadamente aquele pedacinho. Fiz subir e descer calçadas, atravessar ruas, rolar pela rampa do lado da igreja – meu deus, como era enorme a rampa que hoje subo em quatro passadas largas! – e fui levando a pedrinha adiante. Fiz conhecer o caminho de saída do mundo. Quis mostrá-la o aconchego. Na ladeira da rua Santa Fé, já apegada à companhia que eu levava sem resistências, tive medo que rolasse fugidia. Agachei-me e descobri o amor. Tinha a tal pedrinha, no de dentro de uma lasca, uma tal infinidade de facetas brilhosas que fiquei de cócoras a observar o universo recém-descoberto. Os dedos em pinça colocaram-na no centro de minha palma branca que se fechou enquanto eu corria pra casa querendo banhá-la. Sabonete, água corrente e o reflexo do meu riso no pescoço da torneira da pia. Escolhi uma caixinha – seus quatro lados de um centimetro – com uma espuminha que deixava o leito mais confortável. Assistia televisão, almoçava, tomava banho, ia dormir... deliciosamente acompanhada. Ao sair para aula dava-lhe beijos carinhosos e andava aflita, já com saudades. Não sei bem quando e qual a maneira. Fui esquecendo-me da pedrinha. A caixinha já não me acompanhava pelos cômodos da casa, já não era aberta todos os dias. Nunca mais dei-lhe banhos. Fui esquecendo-me dela. O mundo e a vastidão da imaginação que me ocupava o tempo e as idéias. Fui esquecendo-me. Até que nunca mais a soube. Assim, sem dores, sem despedidas. Sem dar-me conta. Nunca tive um porquinho-da-índia. Aquela pedrinha sim é que foi o meu primeiro namorado. [tornei-me eu pedrinha. tornei-me busca pela tal lasca em mim. uma procura pela fresta que me leve às infinitas facetas brilhantes (...) alguns que viram. e também dormi em caixinhas acolchoadas. outros também esqueceram-me. apesar das despedidas e contas (...) também eu já fui embora.
Começou numa daquelas manhãs abafadas de Resende, enquanto subia a ladeira do Jardim Brasília II, indo pra casa depois do colégio. Na mochila que me deixava empapada de suor, eu carregava as folhas da longa carta que escrevia para Sara. Ao virar a esquina, já de costas para o Pico das Agulhas Negras, avistaria o sorriso largo e dócil dela. Sara desceria a rampa da garagem para nos abraçarmos saudosas e emocionadas. Eu falaria dos dias vazios, das saudades de Minas Gerais e da falta dela nos meus dias. Mas ao chegar ao meu portão: nem Sara, nem cartas na caixinha de correio. Então eu abria a porta, beijava minha mãe, que estava sempre preparando o almoço, e subia lentamente as escadas que levavam ao meu quarto. Ao abrir a porta, já acostumada ao silêncio daqueles dias, encontraria Sara sentada em minha cama. O tal sorriso, o loiro dos cabelos e o sotaque manso. Mas ao fim dos degraus, a porta aberta denunciava o vazio do quarto. Dias em seqüência, o caminho para casa era o alimento de minha fé. Tecia, cuidadosamente, os detalhes dessa mentira, enganando-me de esperança. Sara nunca cruzou os mais de seiscentos quilômetros de Sete Lagoas até o interior carioca. Fui eu tantas vezes até lá para visitá-la, reencontrar os amigos do teatro, o primeiro menino que namorei e algumas das verdades que construí. Mas quando em casa, dias inúteis, eu era a dona de meus próprios enganos, criando as mentiras que se diluíam. Tão logo eu dobrasse a esquina, no instante em que alcançava o mais alto da escada. Sara nunca soube que sua ausência minguava minha fé. E passei a culpar-me pelas frustrações diárias. Já exausta de uma espera solitária, acabei por concluir que minhas mentiras eram responsáveis pela anulação dos acontecimentos: uma vez que eu pensasse, a possibilidade tornava-se vento. A solução me veio nos entremeios do tempo. Para reencontrar a esperança e em mim a nascente da fé, aprendi então a voar.
A entrega é mesmo livre, assim. Feito estalo em folha seca. Feito um sussurro se alongando pelos tímpanos. Uma vez em terras férteis, ainda que chova ou vente em demasia, ou que por acontecer o contrário, seque o chão até as funduras, uma vez caído o grão, ela nasce. Em silêncio e tortuosa, desenhando seus mistérios. Indo embora sem avisos. Abandonando o ventre remexido e vulnerável. Instaurando nova espera.
Sob a perspectiva de um tempo que se torna inteiramente grávido de futuro foi que descerrou os olhos. Mas não esses de fora, captando mundo e desenhos nas nuvens. Mas dos de dentro, voltados pras razões que certas vezes se esfumaçam e embaralham o entendimento – suspeitando-se de abortos apavorantes. Decidindo-se, pois, sem dar-se conta dos meandros, embrenhou-se por umas quantas questões que adormeciam, há anos, a ausências de gabaritos. E foram tempos turbulentos aqueles. O medo aparecia-lhe no sono atribulado: noites misturando maravilhas e foices. Pequenez no estômago – bolinha verdinha de ervilha murcha. Um tamanho todo de crânio forçando os limites físicos e leis naturais de temperatura e pressão. Era o descompasso silencioso de uma mosca a debater-se contra o vidro que não existe. Ou que em sua natureza de mosca, não vê. Como quando se fala de baixo d’água. O eco oco. Bolhas inúteis correndo para alcançar a liberdade do céu. Num estalar de superfícies em que elas morrem na própria pressa. Porque a morte vem sempre num estalo. Tempo longuíssimo de paciência, isso sim. Barulhos intermináveis insistindo em bater estaca. O umbigo é o fogo central, a origem cega e vital. Erro necessário pra desvendar membros, dedos e enlaces. A fraqueza dos músculos em desuso, antes de cansados. Deslumbradamente dispostos quanto inaptos. Quando enfim. Olhos abertos em águas e cores. Fechados em lábios delicadamente postos. Dedos exatos que passeiam pela pele fresca e entregue. Quando feita a paz.
Leve Desespero Capital Inicial Eu não consigo mais me concentrar Eu vou tentar alguma coisa para melhorar É importante, todos me dizem Mas nada me acontece como eu queria Estou perdido, sei que estou Cego para assuntos banais Problemas do cotidiano Eu já não sei como resolver Sob um leve desespero Que me leva, que me leva daqui Então é outra noite num bar Um copo atrás do outro Procuro trocados no meu bolso Dá pra me arrumar um cigarro? Eu não consigo mais me concentrar Eu vou tentar alguma coisa para melhorar Já estou vendo TV como companhia Sob um leve desespero Que me leva, que me leva daqui Talvez se você entendesse O que está acontecendo Poderia me explicar Eu não saio do meu canto As paredes me impedem Eu só queria me divertir As paredes me impedem Eu já estou vendo TV como companhia Sob um leve desespero Que me leva, que me leva daqui Sob um leve desespero Que me leva, que me leva daqui .
e tudo que vai, agora, eu sei que vai com alguma razão. me perdoe por tudo o que não fiz por nós, pra que essa história se completasse, mas me entenda agora, não quero que isso morra aqui, eu te amo demais e não sei ao certo como seria sem você :/ por favor, fique ou vá, antes que eu me ajoelhe implorando pra você ficar, antes que eu me desespere e desista de mim por vc, fique e diga que vai tentar, que vamos conseguir, hoje eu preciso de vc, quero você, só você. Ninguém mais me faz tão bem, por favor. é isso.

6 de dez. de 2009

Eu não tava nem pensando mas você foi me pegando e agora não importa aonde vá: me ganhou, vai ter que me levar! Você me vê assim do jeito que eu sou É, e faz de mim o que bem quer Eu que sei tão pouco de você E você que teima em me querer.
Hoje em dia não me importo com o que fiz do meu passado Quero amigo, sorte, muita gente boa do meu lado E não rebato se disserem por aí que eu tô errado Porque quem se debate está sozinho ou afogado? Eu que não fico no meio, não começo e nem acabo Eu sou filho do amor, não de Deus nem do diabo A ciranda das canções eu me ponho a revesar Rodando entre as ondas que me puxam em alto mar Hoje sei bem quem sou eu que giro a minha vida circular Essa roda eu que invento e faço tudo nela se encaixar É eu sou assim.

1 de dez. de 2009

Você tem ódio nos seus olhos E arrogância em todas palavras Eu não pretendo julgar você Eu não me sinto no direito Eu faço o que eu quero Mas eu nunca machuquei ninguém Com tolas palavras Por que nós não ficamos juntos? Por que não ficamos juntos? Não estou invadindo o seu espaço Apenas reconquistando tudo aquilo que eu perdi Tudo aquilo que me foi roubado Mas parece que vou levar muito tempo.
Já não tenho dedos pra contar de quantos barrancos despenquei, e quantas pedras me atiraram, e quantas atirei. Tanta farpa, tanta mentira , tanta falta do que dizer ; nem sempre é so easy se viver. Hoje não consigo mais me lembrar de quantas janelas me atirei e quanto rastro de incompreensão eu já deixei . Tantos bons, quantos maus motivos, tantas vezes desilusão, quase nunca a vida é um balão. Mas o teu amor me cura de uma loucura qualquer ; encostar no teu peito e se isso for algum defeito, por mim, tudo bem.

28 de nov. de 2009

E quando eu realmente fiz de tudo para não mais lembrar Você simplesmente apareceu e em inconcientemente me fez recordar Que com você tudo era completo aqui, o meu mundo era perfeito como eu sempre quis Era inevitável com você não estar feliz.
Se o chão se abrir e você sentir que já não tem mais forças Confie e acredite, sempre um pouco mais Se existe o caos e a dor, também existe a fé e a esperança Em algo maior, ALGO MELHOR. Não é felicidade, amor, carinho e sim viver e aceitar que pra cada Dia ou pensamento que ferir seu coração, vai existir a recompensa Por tudo o que você passou e pra cada sonho que perdeu, encontrará Um novo sonho inteiro ao seu dispor.

26 de nov. de 2009

Algumas linhas mal destacadas de Dom Casmurro. Entretanto, vida diferente não quer dizer vida pior; é outra coisa. A certos respeitos, aquela vida antiga aparece-me despida de muitos encantos que lhe achei; mas é também exato que perdeu muito espinho que a fez molesta, e, de memória, conservo alguma recordação doce e feiticeira. Em verdade, pouco apareço e menos falo. Distrações raras. O mais do tempo é gasto em hortar, jardinar e ler; como bem e não durmo mal. [...] Mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro, uma tarde clara e fresca, sossegada como a nossa casa e o trecho da rua em que morávamos. Verdadeiramente foi o princípio da minha vida; tudo o que sucedera antes foi como o pintar e vestir das pessoas que tinham de entrar em cena, o acender das luzes, o preparo das rabecas, a sinfonia... Agora é que eu ia começar a minha ópera. “A vida é uma ópera”, dizia-me um velho tenor italiano que aqui viveu e morreu... E explicou-me um dia a definição, em tal maneira que me fez crer nela. Talvez valha a pena dá-la; é só um capítulo. [...] Pois, francamente, só agora entendia a emoção que me davam essas e outras confidências. A emoção era doce e nova, mas a causa dela fugia-me, sem que eu a buscasse nem suspeitasse. Os silêncios dos últimos dias, que me não descobriam nada, agora os sentia como sinais de alguma coisa, e assim as meias palavras, as perguntas curiosas, as respostas vagas, os cuidados, o gosto de recordar a infância. Também adverti que era fenômeno recente acordar com o pensamento em Capitu, e escutá-la de memória, e estremecer quando lhe ouvia os passos. Se se falava nela, em minha casa, prestava mais atenção que dantes, e, segundo era louvor ou crítica, assim me trazia gosto ou desgosto mais intensos que outrora, quando éramos somente companheiros de travessuras. Cheguei a pensar nela durante as missas daquele mês, com intervalos, é verdade, mas com exclusivismo também. Tudo isto me era agora apresentado pela boca de José Dias, que me denunciara a mim mesmo, e a quem eu perdoava tudo, o mal que dissera, o mal que fizera, e o que pudesse vir de um e de outro. Naquele instante, a eterna Verdade não valeria mais que ele, nem a eterna Bondade, nem as demais Virtudes eternas. Eu amava Capitu! Capitu amava-me! E as minhas pernas andavam, desandavam, estacavam, trêmulas e crentes de abarcar o mundo. Esse primeiro palpitar da seiva, essa revelação da consciência a si própria, nunca mais me esqueceu, nem achei que lhe fosse comparável qualquer outra sensação da mesma espécie. Naturalmente por ser minha. Naturalmente também por ser a primeira. [...] Não alcancei mais nada, e para o fim arrependi-me do pedido: devia ter seguido o conselho de Capitu. Então, como eu quisesse ir para dentro, prima Justina reteve-me alguns minutos, falando do calor 21 e da próxima festa da Conceição, dos meus velhos oratórios, e finalmente de Capitu. Não disse mal dela; ao contrário, insinuou-me que podia vir a ser uma moça bonita. Eu, que já a achava lindíssima, bradaria que era a mais bela criatura do mundo, se o receio me não fizesse discreto. Entretanto, como prima Justina se metesse a elogiar-lhe os modos, a gravidade, os costumes, o trabalho para os seus, o amor que tinha a minha mãe, tudo isto me acendeu a ponto de elogiá-la também. Quando não era com palavra, era com gesto de aprovação que dava a cada uma das asserções da outra, e certamente com a felicidade que devia iluminar-me a cara. Não adverti que assim confirmava a denúncia de José Dias, ouvida por ela, à tarde, na sala de visitas, se é que também ela não desconfiava já. Só pensei nisso na cama. Só então senti que os olhos de prima Justina, quando eu falava, pareciam apalpar-me, ouvir-me, cheirar-me, gostar-me, fazer o ofício de todos os sentidos. Ciúmes não podiam ser; entre um pirralho da minha idade e uma viúva quarentona não havia lugar para ciúmes. É certo que, após algum tempo, modificou os elogios a Capitu, e até lhe fez algumas críticas, disse-me que era um pouco trêfega e olhava por baixo; mas ainda assim, não creio que fossem ciúmes. Creio antes... sim... sim, creio isto. Creio que prima Justina achou no espetáculo das sensações alheias uma ressurreição vaga das próprias. Também se goza por influição dos lábios que narram. [...] Tinha então pouco mais de dezessete... Aqui devia ser o meio do livro, mas a inexperiência fezme ir atrás da pena, e chego quase ao fim do papel, com o melhor da narração por dizer. Agora não há mais que levá-la a grandes pernadas, capítulo sobre capítulo, pouca emenda, pouca reflexão, tudo em resumo. Já esta página vale por meses, outras valerão por anos, e assim chegaremos ao fim. Um dos sacrifícios que faço a esta dura necessidade é a análise das minhas emoções dos dezessete anos. Não sei se alguma vez tiveste dezessete anos. Se sim, deves saber que é a idade em que a metade do homem e a metade do menino formam um só curioso. Eu era um curiosíssimo, diria o meu agregado José Dias, e não diria mal. O que essa qualidade superlativa me rendeu não poderia nunca dizê-lo aqui, sem cair no erro que acabo de condenar; a análise das minhas emoções daquele tempo é que entrava no meu plano. Posto que filho do seminário e de minha mãe, sentia já debaixo do recolhimento casto uns assomos de petulância e de atrevimento; eram do sangue, mas eram também das moças que na rua ou da janela não me deixavam viver sossegado. Achavam-me lindo, e diziam-mo; algumas queriam mirar de mais perto a minha beleza, e a vaidade é um princípio de corrupção.

22 de nov. de 2009

Você só pensa nessa porra de imagem, se acha foda porque usa tatuagem, que radical, seu cabelo colorido, sensacional essa argola no umbigo. Seus amiguinhos com cara de ET, eu quero mais é que vão se foder, que continuem nessa porra de festinha, tomando um drinque ou fuçando uma farinha. Você é uma barbie disfarçada e não se enxerga, por fora é uma beleza, mas o recheio é uma merda. O meu armário não tem roupa prateada, a calça é velha e tá meio desbotada, sinto muito se o meu tênis tá furado, não sou produto e não vou ser rotulado.Não use fantasia pra ser diferente seu figurino não condiz com sua mente, debaixo da carcaça há uma idéia ultrapassada.Tudo tem limite, senão vira palhaçada.
Tenho estado distraído E até contente e sem juízo. E mesmo assim sei, por instinto: Muitos sentem o que eu sinto. Impacientes e indecisos Cada um com seus motivos - Sem trabalho? Sem alívio. A armadilha é só isso. É um feitiço tão latino E essa preguiça é um feitiço: Um exílio pelo avesso Que desvia o compromisso.
O jeito que você arruma seu cabelo procurando aquele efeito que o mundo não quer reparar - Revela tanto! E o tempo que demora para decidir se aquilo que está ouvindo é convincente para poder concordar - E me deixa esperando. Eu posso esperar Assim que eu entro já no cumprimento eu reconheço as múltiplas perguntas que na ausência entram em meu lugar - Seus olhos fitam com medo. A única certeza que eu tenho é absurda pois a dúvida sustento, porque não me mudar? [...] Se um gênio perguntasse quais seriam os meus três desejos o primeiro, pediria ao tempo voltar pra trás. - pra te ver aos dezesseis anos Não há idéia que alcance ou seja parecida com a imagem da menina esguia, a bolsa a tiracolo - e as pedras só pesando Pois ela nunca irá jogá-las! O seguinte, segundo desejo, emoldurar no céu o seu sorriso que eu pensei que nunca mais pudesse reencontrar O filho é que cria a mãe E o último, complexo, honesto e genuíno, amar sem precisar da dor, querer também sem magoar Tocar seu corpo. Hoje mesmo.

20 de nov. de 2009

Mude Mas comece devagar, Porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde, mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois, mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção os lugares por onde você passa. Tome outros ônibus. Mude por uns tempos o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço... Tire uma tarde inteira para passear livremente na praia, Ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama... Depois, procure dormir em outras camas. Assista a outros programas de TV, Compre outros jornais... Leia outros livros, Viva outros romances. Não faça do hábito um estilo de vida. Ame a novidade. Durma mais tarde. Durma mais cedo. Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, Novos temperos, novas cores, novas delícias. Tente o novo todo dia. O novo lado, O novo método, O novo sabor, O novo jeito, O novo prazer, O novo amor, A nova vida. Tente. Busque novos amigos. Tente novos amores. Faça novas relações. Almoce em outros locais, vá a outros restaurantes, Tome outro tipo de bebida Compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado... Outra marca de sabonete, outro creme dental... Tome banho em novos horários. Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, Cada vez mais, de modos diferentes. Troque de bolsa, de carteira, de malas, troque de carro, Compre novos óculos, Escreva outras poesias. Abra conta em outro banco. Vá a outros cinemas, Outros cabeleireiros, outros teatros, visite novos museus. Mude. Lembre-se de que a vida é uma só. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude, de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda! Repito por pura alegria de viver: A salvação é pelo risco, sem o qual a vida não vale a pena!

14 de nov. de 2009

De onde eu estou agora, vejo as cores se desfazendo, tudo cinza, sem vida, morrendo. Creio que só basta olhar as estrelas, só elas na verdade me fazem feliz, mesmo que não seja por um longo tempo, mesmo que agora seja só por um triz. Me sinto sem forças para tentar fazer o que é certo, o caminho mais fácil está errado, mas está tão perto, não, repito pra mim tentando me convencer de que não está correto, duvido que se segui-lo vai ser a melhor decisão, talvez só seja preciso fazer uma oração, oração ao sol. Sol, que ilumina minha vida, que me enche de calor e de alegria, que me angustia vezes sim, que me maltrata também,o sol que eu preciso para viver, assim como a água, ar, lua, mas sol não me confunda com as nuvens, não sou tua. Essa escuridão nos meus olhos se fará lágrimas e tudo ficará bem mais feliz e colorido, talvez seja a hora, agora, de derramá-las, me ajude sol, me ajuda a solta-las. Quero sentir você tocar em mim, me enchendon de bençãos e de amor, como magia, por favor sol não se vá, não leve de novo a minha alegria, rimas são apenas rimas comparado a tudo que tenho para lhe falar, mas se ficar só mais um pouco, depois lhe ajudo a repousar, me ensine o prazer da vida, me ensine a amar e quando tudo se for e as lágrimas caírem, aí sim sol, te deixo voltar. Somos tão pequenos diante de tudo que podemos ser, sol te peço só um instante pra desaparecer, lua venha a mim, me faça a escuridão macia, quero que me cubra aos poucos e assim quase dormindo saberei que não estou ficando louco. Lua, Sol, elementos da vida. mesmo sendo só uma, vou conseguir.

13 de nov. de 2009

"... E da fruta tiro a polpa... da puta tiro a roupa Da luta não me retiro Me atiro do alto e que me atirem no peito Da luta não me retiro... Todo dia de manhã é nostalgia das besteiras que fizemos ontem" ♪ A minha alma escura, deseja em tua alma seguir. Agora que já é tarde pra se dar a razão, normalmente, as coisas que são feitas, ditas e sentidas; eu aqui sozinha imaginando o que poderia ter acontecido e que por descuido meu, e só meu, não ocorreu. Desculpe pelas besteiras amargas, pelas tardes ingratas que o destino te comprometeu, desculpe por todas as desculpas, por todos os desafetos, pelo que nunca aconteceu. Se estiver lendo, me desculpe também estar escrevendo uma coisa só minha, é que me chegou a solidão, bateu em minha porta, antes que eu lhe visse abrir o portão; chegou como quem não quer nada, ligou pra saudade e ela trouxe mais confusão, agora as duas aqui me obrigando a escrever, coisas relevantes do coração. Beatriz Café.

9 de nov. de 2009

eu acordei mais uma vez, sem você.

5 de nov. de 2009

Mergulhando nos sofrimentos, essa hora do dia, porque que tem que ser tão dura comigo? Porque me faz sentir tanta falta assim da tua presença? Eu quero você aqui e eu me arrependo a cada segundo de ter te feito ir embora, sem você querer, me desculpa, errei muito com você, é tarde agora não é? eu sinto muito, sinto muito por nós dois. É de direito sofrer assim, com toda a razão, tenho motivos de sobra pra me sentir invisível pra você, eu queria tanto que você vinhesse rindo pra mim de novo, dizendo besteiras e me fazendo rir só por estar com você, me fazendo a melhor ou a pior pessoa do mundo, eu quero me sentir mal ou bem com você, agora tanto faz, só quero ver você sorrindo e dizer que hoje ficará tudo bem. Você era a minha certeza de que eu teria outra chance quando precisasse, mas agora, isso não basta. Somos tão pequenos perto do que sentimentos e eu ainda te amo, te amo mais que 5 meses atrás, é impossível tirar você daqui, de um lugar que foi feito pra ser seu, você terá meu amor pra sempre, ele vai se eternizar. Desculpe sofrer assim, desculpe fazer tudo errado, mas volta? Por favor, eu preciso de você; ._. Please, please forgive me, But I won't be home again. Maybe someday you'll look up, And, barely conscious, you'll say to no one: "Isn't something missing?" You won't cry for my absence, I know - You forgot me long ago. Am I that unimportant? Am I so insignificant? Isn't something missing? Isn't someone missing me? Even though I'd be sacrifice, You won't try for me, not now. Though I'd die to know you loved me, I'm all alone. Isn't someone missing me? Please, please forgive me, But I won't be home again. I know what you do to yourself, I breathe deep and cry out, "Isn't something missing? Isn't someone missing me?" Even though I'd be sacrifice, You won't try for me, not now. Though I'd die to know you loved me, I'm all alone. Isn't someone missing me? And if I bleed, I'll bleed, Knowing you don't care. And if I sleep just to dream of you I'll wake without you there, Isn't something missing? Isn't something... Even though I'd be sacrifice, You won't try for me, not now. Though I'd die to know you loved me, I'm all alone. isn´t something missing? Isn't someone missing me? não é um bom dia.

4 de nov. de 2009

Quem nunca quis amar além do medo? Não vou tentar; Eu sei que estive perto, mas você se foi Não sou tão inseguro, você não entendeu. ♪ É, vou atualizar esse diário online aqui. Bem, eu tou procurando uma coisa que ainda não sei o nome, mas sei o que se concentra, sei com que finalidade ela virá, sei que tem que me fazer bem e eu a ela o mesmo. Eu li um dia desses uma coisa assim "Te digo uma coisa, não te digo nada e lhe digo mais, só lhe digo isso" pra umas pessoas pode parecer bastante balela, e é na verdade, só que eu pensando hoje me foquei no ponto principal da questão 'não é preciso eu dizer nada, se me conhecer, te bastará olhar dentro dos meus olhos', é, costumam dizer que os olhos são as janelas da alma, mas a alma em si não tem olhos, a alma ela é feita de um elemento além do nosso entendimento, então não vou contestar as almas, vou contestar os sentimentos, clichê? É, mas qual o assunto que ninguém fala? Então vamos lá, sentimentos, cara odeio me sentir vazia e odeio que me façam sentir isso também, uma vida é pra ser vivida e aprendida da melhor maneira possível e esses dias, todos esses dias tem sido em vão, porque nada disso eu vou levar comigo, então, o que eu quero mesmo dizer, é que sentimentos,são sentimentos, mesmos os mais covardes (Meus créditos a Jéssica.), não leve as coisas tão a sério, as vezes uma transa pode significar só uma transa, e quer saber? nada mais disso importa. Os sentimentos pessoais são todos complexos, vistos de modos diferentes, enfrentados ou não de formas desiguais, pra ser honesta, não acredito em liberdade a dois, não acredito que um relacionamento permaneça igual depois de muito tempo, se quer acredito que ele um dia haverá de se eternizar, porque hoje em dia isso não existe. Por isso, aproveite, reflita, divirta cada momento do seu dia, conquiste cada pessoa que você conhecer, pessoas são raras, cada uma é cada uma, não há dois de nós, não há aprendizagem melhor do que os erros, não há queda que venha para o mal, e se afinal amar o próximo é tão demodê, seja brega, seja clichê, faça o bem, dê a sua confiança a prova, garanto que arrependimentos não matam e o bem se faz no equilibrio, na paz. Meus votos SINCEROS a Jéssica, amor te amo, te cuida, luta. ♥ abraço pra Saraah paixão, pro Lu que contesta tudo que escrevo e pros demais que passarem aqui, aprendam, viva e não sobreviva. palavras de uma atordoada 04/11/2009.

3 de nov. de 2009

Ah vamo né, eu deixei o 'umpoucodebiscoitoscomcafe' de lado, então tou por aqui, ainda no começo, tranformar nisso em outro diário, pra quem lê o meu outro blog como o Lu (meus votos a você luzin) vai até que se entediar por aqui, então, se não quiser perder seu tempo pare agoora. Hoje? bem, hoje acordei e sem nenhuma razão pra respirar, respirei. Disse a mim mesma que precisava mudar a minha situação o mais rápido possível e voltei a me afogar em algumas lembranças que por dias, me assombram ou aquietam de certa forma, é. Saí com meu pai, fui ao cemitério como de costume, me senti super mal lá, sentindo muita falta ainda do meu tio, das palhaçadas e do jeito absurdo que sabia me irritar (Tio, você é o cara ♥)depois de um pequeno intervalos de sons, falatórios, choros, rezas e despedidas, fui andando e vendo as datas de nascimentos e mortes que haviam nas escrituras dos jazigos, e me perguntando porque um cemitério me faz pensar tanto, me faz entender que a vida é tão frágil, tão imperdoável com quem lhe julga mal,a vida é só uma vida e mais nada. Voltando ao sentir ser da questão, fui jantar com meu pai e sua querida namorada, Simone. Bem, eu e ela não nos damos tão bem quantos podemos dizer que somos amigas, mas é, eu não tenho vontade de matar ela, nem ela de colocar chiclete no meu cabelo, então tudo fica no equilibro. Discutir com meu pai já passou a ser rotina e descupá-lo também, aí que eu saio do sentido ser e entro no sentido de filha mal entendida e desorientada da vida pelo seu próprio pai, vocês já devem ter escutado isso de alguma jovem no momento de "eu sou lésbica ou gosto de meninos idiotas?" bem, isso é uma fase que eu prefiro não comentar, entenda como quiser, principalmente você Lu ^^ Saindo um pouco desse assunto, vocês viram a lua hoje? *------------------* incrível, brilhava e parecia que sabia que eu era só dela aquela noite, que minha atenção e coração, todos os desejos em si, estavam nela; ela brilhou pra mim, num pequeno momento de magia, rs. É, lembrei do Alexandre, por falar nisso, nunca falei dele em meus blogs porque conheci ele por esses dias, ele é incrível, parece ser uma cabeça super madura, claro, ele tem 23 anos, mas enfim, meus votos a você Alê, não tinha falado de você ainda, então tá aí. Aproveitando o momento, oi, eu estou infeliz e alguém por favor quer me tirar desse tédio infeliz? Aaah, Adélia, muito bom te ver hoje gostosa, te prezo querida, um beijo. É, abstrai e até a próxima. registos atordoados de 02/11/2009.

30 de out. de 2009

depois arrumo tudo isso.

How can you see into my eyes like open doors Leading you down into my core Where I've become so numb without a soul My spirit sleeping somewhere cold Until you find it there and lead it back home (Wake me up) Wake me up inside (I can't wake up) Wake me up inside (Save me) Call my name and save me from the dark (Wake me up) Bid my blood to run (I can't wake up) Before I come undone (Save me) Save me from the nothing I've become Now that I know what I'm without You can't just leave me Breathe into me and make me real Bring me to life (Wake me up) Wake me up inside (I can't wake up) Wake me up inside (Save me) Call my name and save me from the dark (Wake me up) Bid my blood to run (I can't wake up) Before I come undone (Save me) Save me from the nothing I've become Bring me to life I've been living a lie. There's nothing inside Bring me to life Frozen inside without your touch without your love Darling only you are the life among the dead All of this time I can't believe I couldn't see Kept in the dark but you were there in front of me I've been sleeping a thousand years it seems Got to open my eyes to everything Without a thought without a voice without a soul Don't let me die here there must be something more Bring me to life (Wake me up) Wake me up inside (I can't wake up) Wake me up inside (Save me) Call my name and save me from the dark (Wake me up) Bid my blood to run (I can't wake up) Before I come undone (Save me) Save me from the nothing I've become Bring me to life I've been living a lie. There's nothing inside Bring me to life.