19 de set. de 2010

"Olhando a foto, foi quando eu descobri que tua ausência inda doía e o tempo que passou não me serviu como remédio. E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente. Eu me desvencilhei de livros, cartas e bilhetes e me desmemoriei por algum tempo.(Quis tanto ter você, depois silêncio). Mas nessa tarde estranha em que ensaio versos, só vem tua falta à tona…E eu desamarro um pranto que eu sei tão antigo…(Desculpa essas palavras com cara de choro): ainda há reticências."
Marla de Queiroz


'E seja lá o que possa significar "ficar bem" dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem.'

17 de set. de 2010

"Desculpa minha maneira de dizer, assim, sem qualquer introdução ou motivo, mas você não mente bem. […]
Se dependesse de você, ficaríamos eternamente nos encarando sem chegar em lugar nenhum. Você se tornou o desafio perfeito e, confesso, sua embalagem prometia muito mais do que o produto realmente é. Fui eu quem cuidei da parte da atitude, da conversa, do momento certo. Acho muito cansativo ser responsável por tudo, então eu desisto de tentar te fazer humano. Pode seguir com sua falta de falta de vida, 
cheio de pose e frases prontas.
Não vou passar dias te observando só porque você é lindo calado, não vou deixar você me cercar a noite toda e depois ir embora só porque dessa vez eu não devolvi o olhar e você ficou sem saber o que fazer. Você não sabe conversar e eu sou um poço infinito de palavras, jogadas na sua cara, mostrando que a falta de conteúdo pode sim te afetar. Era muito fácil com aquelas garotas, não? Um pouco de álcool, o que você faz da vida, vamos fugir de todo mundo. Mas e alguém de corpo e alma? Aí você desiste, porque no dia seguinte não tem mais o que falar. […]
Falta em você algum brilho, alguma individualidade, algo que te faça especial. Em mim esse brilho sobra e eu saio por aí espalhando, como se fosse bonito se perder em todo mundo 
só porque meu corpo não é suficiente pra me abrigar."


Manequim - Verônica H.

16 de set. de 2010



"Desculpa, eu sei que não faz sentido te escrever agora e já faz tempo desde que esse sentido sumiu. (…) Mas é que hoje tem tanta gente aqui e ninguém me vê… Você me viu num momento desses e é do seu olhar que eu sinto falta. Do mundo parando só pra você ser meu. (…) 
Desculpa, eu sei que te incomodo ligando sem parar no seu celular pra dizer nada. Mas sua voz faz a corrida maluca do meu cérebro parar. Cura minhas náuseas da angústia de não saber. E você é tão educado, tão carinhoso. Finge que não atrapalho e pergunta se pode me ligar depois…
(…)
Eu não deixo você seguir em frente, não é? 
(…)
Não desiste de mim. Por trás de tanta indecisão tem alguém que precisa de companhia mesmo fingindo que não. Tem alguém que odeia todo mundo num segundo e chora de saudades de todos no segundo seguinte. E de você principalmente. Desculpa. Eu realmente não queria ser assim pra você."


Voltas e voltas em lugar nenhum - Verônica H.

15 de set. de 2010



Ontem por incrível que pareça todos os lugares que pisei eu te procurei. (…) Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.
Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto.E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro.Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. (…)
Do outro lado da ponte - Marla de Queiroz


.


._.






x_x

10 de set. de 2010

No, I'm not saying I'm sorry
One day maybe we'll meet again
[...]
I will never regret
NO NO
I WILL LIVE MY LIFE.

8 de set. de 2010

Não quero amores bonitinhos, quero o que é real. A minha felicidade continua aqui, a cada mensagem, a cada abraço, a cada sorriso. Acho que eu já sei o que pesa mais na balança. Quero aprender a viver só e ficar bem com tudo isso, sair sem precisar de companhia e quando finalmente terminar meu ensino médio, ir morar sozinha, pagar minhas contas sozinha e ir dormir, todo dia, sem ninguém pra me mandar escovar a boca suja de tanto fumar. Mas não consigo. Na verdade, quero te encontrar toda manhã, no meu quarto, no meu lado esquerdo, falando que tá tarde e que eu tenho que ir trabalhar, quero comer depressa pra não me atrasar e voltar pra cama e me despedir de você, quero almoçar com você nos dias em que sobrar tempo de voltar pra casa, quero no fim do dia poder te encontrar em qualquer lugar, te levar pra sair, ou mesmo em casa, quero ficar abraçada com você e rir das coisas que se passaram no dia, quero te dar meu amor e não quero que vá embora, nunca. Por que eu planejo tanta coisa, mas não tenho nada planejado? Me espera, tô voltando pra casa.

7 de set. de 2010

Mas correr atrás já é demais,
se você corre para trás,
eu tenho direito de seguir em frente.
Que atrás vem um monte de gente.
E se algum momento o sentimento te diz
eu não te amo, não tem cabimento eu não aguento.
Não ter o seu reconhecimento. 
Eu sinto falta de você,
sei a falta que é você.
Não suporto mais viver assim
pela metade sem maldade
e a realidade, é o meu coração que não mente
Não me importo mais em ser assim
tão isolado e tão distante
É importante saber um do outro o que sente.

5 de set. de 2010

Calor, mágoas e cigarros. Ontem foi o dia mais estranho da minha vida, eu queria ter coragem, eu queria saber o que fazer, eu queria poder seguir em frente sem olhar pra trás sempre e gritar pra você me acompanhar, exigir a sua presença em mim, aqui, eu queria poder ser mais feliz sem você. Sempre vou te amar. Desculpa, eu sei que faço muita merda, mas sinto saudade, nesse sufoco, nessa falta de sorte. Ei, tô aqui. É. Ainda, depois de tudo, depois de tantas outras bocas, gostos e carinhos, estou aqui, como sempre, como sempre fui tua. Só queria saber o que fazer agora com todas essas idéias espalhadas na cabeça, sinto tudo e nada ao mesmo tempo, não gosto disso, todos os sorrisos e promessas que os outros me fazem não adianta, é você. Eu acredito em tudo que fala, mesmo não te vendo sempre, eu acredito. Isso tem acabado comigo. Não lembro mais como é sem você, como seguir sem pensar em você, acho que antes não era feliz, acho que nem se quer cheguei a ser, não me deixei, perdoa amor, não fui feliz. Quem olha de longe, pensa até que é querer sofrer, um masoquismo inexplicável, eu queria ter várias maneiras de me perdoar, de tudo, tudo que eu fiz com você e com os outros. Eu perdi tanto tempo machucando as pessoas, usando-as para esquecer você, ah, você não sabe o quanto isso me dói, o quanto que eu sofri fazendo outros sofrerem e pensando em você. Nunca se moveu pra nada, pra falar, pra contestar tudo que eu fazia, aceitava tudo, "por mim" dizia. O teu desprezo foi maior do que a minha frieza e com isso tudo a casa caiu, os nossos cães se foram, o teto mofou, os degraus desceram, a cozinha inundou, os vizinhos comentaram e você foi embora. 

19 de set. de 2010

"Olhando a foto, foi quando eu descobri que tua ausência inda doía e o tempo que passou não me serviu como remédio. E a minha paciência foi inútil e todo desapego incompetente. Eu me desvencilhei de livros, cartas e bilhetes e me desmemoriei por algum tempo.(Quis tanto ter você, depois silêncio). Mas nessa tarde estranha em que ensaio versos, só vem tua falta à tona…E eu desamarro um pranto que eu sei tão antigo…(Desculpa essas palavras com cara de choro): ainda há reticências."
Marla de Queiroz


'E seja lá o que possa significar "ficar bem" dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem.'

17 de set. de 2010

"Desculpa minha maneira de dizer, assim, sem qualquer introdução ou motivo, mas você não mente bem. […]
Se dependesse de você, ficaríamos eternamente nos encarando sem chegar em lugar nenhum. Você se tornou o desafio perfeito e, confesso, sua embalagem prometia muito mais do que o produto realmente é. Fui eu quem cuidei da parte da atitude, da conversa, do momento certo. Acho muito cansativo ser responsável por tudo, então eu desisto de tentar te fazer humano. Pode seguir com sua falta de falta de vida, 
cheio de pose e frases prontas.
Não vou passar dias te observando só porque você é lindo calado, não vou deixar você me cercar a noite toda e depois ir embora só porque dessa vez eu não devolvi o olhar e você ficou sem saber o que fazer. Você não sabe conversar e eu sou um poço infinito de palavras, jogadas na sua cara, mostrando que a falta de conteúdo pode sim te afetar. Era muito fácil com aquelas garotas, não? Um pouco de álcool, o que você faz da vida, vamos fugir de todo mundo. Mas e alguém de corpo e alma? Aí você desiste, porque no dia seguinte não tem mais o que falar. […]
Falta em você algum brilho, alguma individualidade, algo que te faça especial. Em mim esse brilho sobra e eu saio por aí espalhando, como se fosse bonito se perder em todo mundo 
só porque meu corpo não é suficiente pra me abrigar."


Manequim - Verônica H.

16 de set. de 2010



"Desculpa, eu sei que não faz sentido te escrever agora e já faz tempo desde que esse sentido sumiu. (…) Mas é que hoje tem tanta gente aqui e ninguém me vê… Você me viu num momento desses e é do seu olhar que eu sinto falta. Do mundo parando só pra você ser meu. (…) 
Desculpa, eu sei que te incomodo ligando sem parar no seu celular pra dizer nada. Mas sua voz faz a corrida maluca do meu cérebro parar. Cura minhas náuseas da angústia de não saber. E você é tão educado, tão carinhoso. Finge que não atrapalho e pergunta se pode me ligar depois…
(…)
Eu não deixo você seguir em frente, não é? 
(…)
Não desiste de mim. Por trás de tanta indecisão tem alguém que precisa de companhia mesmo fingindo que não. Tem alguém que odeia todo mundo num segundo e chora de saudades de todos no segundo seguinte. E de você principalmente. Desculpa. Eu realmente não queria ser assim pra você."


Voltas e voltas em lugar nenhum - Verônica H.

15 de set. de 2010



Ontem por incrível que pareça todos os lugares que pisei eu te procurei. (…) Fiquei feliz em poder sentir tua falta, - a falta mostra o quão necessitamos de algo/alguém. É assim o nosso ciclo. Eu te preciso. Perto, longe, tanto faz. Preciso saber que tu está bem, se respira, se comeu ou tomou banho - com o calor que está fazendo neste verão, tome pelo menos uns três ao dia, e pense em mim, estou com calor também. Me faz bem pensar nessas atividades corriqueiras, que supostamente você está fazendo. Ah, e eu estou te esperando, com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.
Vasculhando nas memórias algum assunto, encontrei a carta que eu rabisquei na capa de um livro: “pra você”, era o destinatário. Não sei por que não mandei, talvez não quisesse passar a limpo o passado. Em letras garrafais eu te dizia: “acertei o caminho não porque segui as setas, mas porque desrespeitei todas as placas de aviso”. E achei curioso eu usar essa metáfora sem nem ao certo saber o que queria te dizer com isto.E depois de repousadas aquelas palavras eu percebi quanta coisa eu escrevi pra você, querendo dizer pra mim. Porque eu jamais chegaria aonde cheguei se só andasse em linha reta. Tive que voltar atrás, andar em círculos, perder dias, perder o rumo, perder a paciência e me exaurir em tentativas aparentemente inúteis pra encontrar um quase endereço, uma provável ponte: a entrada do encontro.Você tão ocupado com seus mapas, tão equipado com sua bússola, demorou tanto, fez sinais de fumaça e não veio. Você simplesmente não veio. Mas me ensinou a intuir caminhos certos, a confiar nos passos, a desconfiar dos atalhos. Porque eu estava do outro lado e só. Sem amparo. Mas caminhava. (…)
Do outro lado da ponte - Marla de Queiroz


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x_x

10 de set. de 2010

No, I'm not saying I'm sorry
One day maybe we'll meet again
[...]
I will never regret
NO NO
I WILL LIVE MY LIFE.

8 de set. de 2010

Não quero amores bonitinhos, quero o que é real. A minha felicidade continua aqui, a cada mensagem, a cada abraço, a cada sorriso. Acho que eu já sei o que pesa mais na balança. Quero aprender a viver só e ficar bem com tudo isso, sair sem precisar de companhia e quando finalmente terminar meu ensino médio, ir morar sozinha, pagar minhas contas sozinha e ir dormir, todo dia, sem ninguém pra me mandar escovar a boca suja de tanto fumar. Mas não consigo. Na verdade, quero te encontrar toda manhã, no meu quarto, no meu lado esquerdo, falando que tá tarde e que eu tenho que ir trabalhar, quero comer depressa pra não me atrasar e voltar pra cama e me despedir de você, quero almoçar com você nos dias em que sobrar tempo de voltar pra casa, quero no fim do dia poder te encontrar em qualquer lugar, te levar pra sair, ou mesmo em casa, quero ficar abraçada com você e rir das coisas que se passaram no dia, quero te dar meu amor e não quero que vá embora, nunca. Por que eu planejo tanta coisa, mas não tenho nada planejado? Me espera, tô voltando pra casa.

7 de set. de 2010

Mas correr atrás já é demais,
se você corre para trás,
eu tenho direito de seguir em frente.
Que atrás vem um monte de gente.
E se algum momento o sentimento te diz
eu não te amo, não tem cabimento eu não aguento.
Não ter o seu reconhecimento. 
Eu sinto falta de você,
sei a falta que é você.
Não suporto mais viver assim
pela metade sem maldade
e a realidade, é o meu coração que não mente
Não me importo mais em ser assim
tão isolado e tão distante
É importante saber um do outro o que sente.

5 de set. de 2010

Calor, mágoas e cigarros. Ontem foi o dia mais estranho da minha vida, eu queria ter coragem, eu queria saber o que fazer, eu queria poder seguir em frente sem olhar pra trás sempre e gritar pra você me acompanhar, exigir a sua presença em mim, aqui, eu queria poder ser mais feliz sem você. Sempre vou te amar. Desculpa, eu sei que faço muita merda, mas sinto saudade, nesse sufoco, nessa falta de sorte. Ei, tô aqui. É. Ainda, depois de tudo, depois de tantas outras bocas, gostos e carinhos, estou aqui, como sempre, como sempre fui tua. Só queria saber o que fazer agora com todas essas idéias espalhadas na cabeça, sinto tudo e nada ao mesmo tempo, não gosto disso, todos os sorrisos e promessas que os outros me fazem não adianta, é você. Eu acredito em tudo que fala, mesmo não te vendo sempre, eu acredito. Isso tem acabado comigo. Não lembro mais como é sem você, como seguir sem pensar em você, acho que antes não era feliz, acho que nem se quer cheguei a ser, não me deixei, perdoa amor, não fui feliz. Quem olha de longe, pensa até que é querer sofrer, um masoquismo inexplicável, eu queria ter várias maneiras de me perdoar, de tudo, tudo que eu fiz com você e com os outros. Eu perdi tanto tempo machucando as pessoas, usando-as para esquecer você, ah, você não sabe o quanto isso me dói, o quanto que eu sofri fazendo outros sofrerem e pensando em você. Nunca se moveu pra nada, pra falar, pra contestar tudo que eu fazia, aceitava tudo, "por mim" dizia. O teu desprezo foi maior do que a minha frieza e com isso tudo a casa caiu, os nossos cães se foram, o teto mofou, os degraus desceram, a cozinha inundou, os vizinhos comentaram e você foi embora.