30 de jul. de 2010

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.





Fernando Pessoa.






É tão estranho, os bons morrem jovens
Assim parece ser quando me lembro de você
Que acabou indo embora cedo demais
[...]
Eu continuo aqui, meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim

Dia de chuva, dia de sol
E o que sinto não sei dizer.




Vai com os anjos, vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade, 
até a próxima vez.
É tão estranho, os bons morrem antes
Me lembro de você e de tanta gente que se foi
Cedo demais! E cedo demais...
Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder, e eu que tive um começo feliz

Do resto não sei dizer...
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre, mas eu sei que você está bem agora
[...]
Cedo demais.

29 de jul. de 2010



Eu não posso entender essa vida tão injusta. Não vou fingir que já parou de doer, mas um dia isso vai acabar. Eu não consigo me convencer que essa vida não foi injusta. Tanta falta me faz você, queria ver você em casa [...] O amor que eu tenho por você, é seu!
Tio
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deixar viver ♪

28 de jul. de 2010

Bom é o prazer do susto, da conquista, infame luta pelo amor que se perdeu ao nascer, sim, ao nascer, pois quando nascemos pecamos, pecamos tanto que de certa forma todo amor a nós desejado é jogado junto com as fraldas e gofos na camisa. A magia se vai e os pais, ditos tão crentes, viventes pelo amor, pela compreensão e harmonia, gritam, batem, choram com você. Porque eles batem, se neles a dor vem mais forte? O que dói mais, uma palavra verdadeira ou um tapa na cara que nem respeito adquire? Bom, é amar sem dúvidas, sem promessas, sem compromissos, apesar de que amar seja um compromisso, mas se bem usado, a prisão a dois será eterna, assim como os casais de antigamente, até hoje com seus sapatos juntos e murmúrios, todos os dias reclamando dos preços, das juventudes, dos falsos amores. No meu tempo, se amava e não se zombava do que Deus criou.
"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."


"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."  




 [CL]
Vou tentar postar tudo que tá se passando pela minha cabeça agora, mesmo que não seja fácil, sei lá. É que agora tá tudo se complicando, já tem gente contra, gente à favor e nem faz 2 horas que tudo aconteceu, que minha vida mudou e eu encontrei com você, te beijei pela primeira vez, te senti e te vi rir, como ninguém riu perto de mim, assim desse teu jeito; já temos inimigos, já temos os prós e os contras, já temos receios e como tudo foi repentino, temos também muito carinho um pelo outro, muito respeito e amizade. Serei tudo o que você me pedir pra ser, serei amiga, namorada, irmã, prima. Vou te apoiar em tudo que achar certo e bater na tua cara quando achar que devo e te peço, por favor, me machuca não :/ não como sempre fizeram, se tiver que machucar arranca tudo, até o coração, eu deixo, mas não me deixa sentir mais nada além do que eu começo a sentir por você, nesse exato momento. 

26 de jul. de 2010

"Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive."

25 de jul. de 2010

Bom, agora são 00:47 da manhã, pra mim é manhã, ou seria madrugada? Deixa pra lá. Tou esperando uma pessoa ligar pro meu celular e sem saco pra falar formalmente, aliás, nem sei porque tou escrevendo aqui, talvez seja o tédio, ou não. Tenho procurado perguntas, isso mesmo, perguntas porque as respostas são tão duras que prefiro ficar na dúvida que vazia, odeio o vazio, é tão estranho, eu só queria pensar positivo e acreditar/fingir que tudo vai/está bem. Cansei de tudo e quero algo novo, talvez eu consiga, talvez não e agora eu cansei daqui também, tchau.

24 de jul. de 2010


"Fiquei tão só, aos poucos. Fui afastando essas gentes assim menores, e não ficaram muitas outras. Às vezes, nos fins de semana principalmente, tiro o fone do gancho e escuto, para ver se não foi cortado. Não foi."

"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso."

"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."

"Meu coração tá ferido de amar errado."

"Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos."
"Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar....esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive." 

Extremos da Paixão
"... Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo, sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe, berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo esses dois portos gelados da solidão é vera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o eterno do perecível, loucos". 

"Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva"

19 de jul. de 2010

Triste é não chorar, sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio pra curar essa dor
Que ainda não passou, mas vai passar a dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio pra fazer voltar... O tempo voa!
Eu não suporto ver você sofrer
Não gosto de fazer ninguém querer riscar o seu passado
E o que passou, passou. E o que marcou, ficou
Se diferente eu fosse será que eu teria sido amado?
Eu cansei de perder, também não quero ganhar nada. Eu quero ficar em paz, mas não me deixam, meu músculo, meu cérebro, minha alma, meus órgãos não me deixam ser em paz, não quero complicar nada, é sério, nem queria estar aqui, nesse plano, nesse mundo, juro. Não tomei a vida de ninguém, sempre me perguntei porque eu numa fila de milhões de almas querendo nascer, vir ao mundo, porque eu? Eu tomei o lugar de uma pessoa que aproveitaria a vida melhor que eu? Eu fui empurrada, cuspida, vomitada nesse mundo que nem me queria, nem me quer tão bem. Não me sinto querida e amada, só sinto aquele velho vazio ainda, ele não saiu daqui, ele não irá sair. Alguém por favor, tem algum 'minutinho' sobrando pra tentar arrancar o vazio de dentro de mim? Alguém se importa? 

15 de jul. de 2010

Eu procurei, jurei que não iria mais falar de mim.
Porquê eu achei que eu tinha outras historias pra contar.
Tudo o que eu sempre procurei,
Tudo o que eu sempre sonhei não vale nada se não enxergo um palmo a frente,
Então não tente olhar pra trás.
Não existe uma só curva nessa estrada, preciso de uma bifurcação.
E eu vou pra longe de você.
Eu já perdi, eu já sofri demais. Eu parti, joguei tudo pra trás.
Eu vou fugir, pra bem longe daqui. Vou caminhar, e ninguém vai me seguir.
Eu tinha apenas 16, e já achava que eu sabia demais.
Tudo o que eu tinha era um quarto e o dinheiro dos meus pais
E alguns amigos que cabiam numa mão.
Era vazio aquele rio de solidão.
Eu hoje viajo num só mês, milhões de milhas sem ter pra onde voltar.
O asfalto é minha casa, mas não da pra chamar de lar,
É tão vazio, tão frio, tão fora do lugar. Não existe nada aqui, que vai me fazer mudar.
Eu já perdi, eu já sofri demais. Eu parti, joguei tudo pra trás.
Eu vou fugir, pra bem longe daqui. Vou caminhar, e ninguém vai me seguir.
Anoiteceu, mas faz tempo que a minha vida escureceu,
Não sei ao certo quando isso aconteceu, só sei que o culpado fui eu.
De que adianta abrir os olhos, se sei que os flashs são para me cegar.
Esses abraços são pra me amaldiçoar.
Eu nunca te obriguei a me ouvir falar.
E desde quando você acha que sabe melhor de mim, do que eu?
Existem tantas coisas que eu vivi que você nunca viveu.
Eu procurei, jurei que não iria mais falar de mim.
Mas eu sou assim, eu tenho tanta historia pra contar.
Sinto que me transformei, não evoluí, nem regredi, só me transformei. Me tornei uma pessoa qualquer, como qualquer outra, uma qualquer, sujeita à qualquer conceito ruim que possam me dar, sujeita a riscos e pecados assujeitados. Sinto e não é de brincadeira, todo esse sofrimento se transformou numa coisa que eu não sei explicar, vazio imenso, problemas demais. Não estou forçando essa angustia, não estou interpretando, quem dera. A dor que predomina em cada ambiente em que passo, é mais forte do que a correnteza de uma cachoeira zangada com os galhos que batem; a minha tristeza grita, o meu grito ecoa, perdendo-se no mar. Vejo que as coisas mudaram, sentimentos mudaram, pessoas mudaram, até o clima quente e desconfortável mudou, passou a fazer frio aqui, dentro e fora, tornou-se gélido e macio, sim, macio como veludo vermelho que vem no lugar do sangue, que vem no lugar da alma e só. Tenho tantas coisas para escrever, para dizer, para sentir e no entanto fico aqui, parada, no mesmo lugar que outrora visitava, meus sentimentos se confundem, minha dor se limita e eu grito "Só nesse momento serei feliz, só". Quero que saibam que todo este tempo nunca faltei-lhes com a verdade.

30 de jul. de 2010

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final...
Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.
Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.
Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu....
Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.
O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.
As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora...
Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.
Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.
Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.
Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.
Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.
Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".
Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará!
Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.
Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.





Fernando Pessoa.






É tão estranho, os bons morrem jovens
Assim parece ser quando me lembro de você
Que acabou indo embora cedo demais
[...]
Eu continuo aqui, meu trabalho e meus amigos
E me lembro de você em dias assim

Dia de chuva, dia de sol
E o que sinto não sei dizer.




Vai com os anjos, vai em paz
Era assim todo dia de tarde
A descoberta da amizade, 
até a próxima vez.
É tão estranho, os bons morrem antes
Me lembro de você e de tanta gente que se foi
Cedo demais! E cedo demais...
Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis
Só não aprendi a perder, e eu que tive um começo feliz

Do resto não sei dizer...
Lembro das tardes que passamos juntos
Não é sempre, mas eu sei que você está bem agora
[...]
Cedo demais.

29 de jul. de 2010



Eu não posso entender essa vida tão injusta. Não vou fingir que já parou de doer, mas um dia isso vai acabar. Eu não consigo me convencer que essa vida não foi injusta. Tanta falta me faz você, queria ver você em casa [...] O amor que eu tenho por você, é seu!
Tio
Quando já não procurava mais
Pude enfim nos olhos teus, vestidos d'água,
Me atirar tranquila daqui
Lavar os degraus, os sonhos, as calçadas
E, assim, no teu corpo eu fui chuva
... jeito bom de se encontrar!
E, assim, no teu gosto eu fui chuva
... jeito bom de se deixar viver ♪

28 de jul. de 2010

Bom é o prazer do susto, da conquista, infame luta pelo amor que se perdeu ao nascer, sim, ao nascer, pois quando nascemos pecamos, pecamos tanto que de certa forma todo amor a nós desejado é jogado junto com as fraldas e gofos na camisa. A magia se vai e os pais, ditos tão crentes, viventes pelo amor, pela compreensão e harmonia, gritam, batem, choram com você. Porque eles batem, se neles a dor vem mais forte? O que dói mais, uma palavra verdadeira ou um tapa na cara que nem respeito adquire? Bom, é amar sem dúvidas, sem promessas, sem compromissos, apesar de que amar seja um compromisso, mas se bem usado, a prisão a dois será eterna, assim como os casais de antigamente, até hoje com seus sapatos juntos e murmúrios, todos os dias reclamando dos preços, das juventudes, dos falsos amores. No meu tempo, se amava e não se zombava do que Deus criou.
"É tão difícil falar e dizer coisas que não podem ser ditas. É tão silencioso. Como traduzir o silêncio do encontro real entre nós dois? Dificílimo contar. Olhei pra você fixamente por instantes. Tais momentos são meu segredo. Houve o que se chama de comunhão perfeita. Eu chamo isto de estado agudo de felicidade."


"Mas tenho medo do que é novo e tenho medo de viver o que não entendo - quero sempre ter a garantia de pelo menos estar pensando que entendo, não sei me entregar à desorientação."  




 [CL]
Vou tentar postar tudo que tá se passando pela minha cabeça agora, mesmo que não seja fácil, sei lá. É que agora tá tudo se complicando, já tem gente contra, gente à favor e nem faz 2 horas que tudo aconteceu, que minha vida mudou e eu encontrei com você, te beijei pela primeira vez, te senti e te vi rir, como ninguém riu perto de mim, assim desse teu jeito; já temos inimigos, já temos os prós e os contras, já temos receios e como tudo foi repentino, temos também muito carinho um pelo outro, muito respeito e amizade. Serei tudo o que você me pedir pra ser, serei amiga, namorada, irmã, prima. Vou te apoiar em tudo que achar certo e bater na tua cara quando achar que devo e te peço, por favor, me machuca não :/ não como sempre fizeram, se tiver que machucar arranca tudo, até o coração, eu deixo, mas não me deixa sentir mais nada além do que eu começo a sentir por você, nesse exato momento. 

26 de jul. de 2010

"Claro que você não tem culpa, coração, caímos exatamente na mesma ratoeira, a única diferença é que você pensa que pode escapar, e eu quero chafurdar na dor deste ferro enfiado fundo na minha garganta seca que só umedece com vodka, me passa o cigarro, não, não estou desesperada, não mais do que sempre estive."

25 de jul. de 2010

Bom, agora são 00:47 da manhã, pra mim é manhã, ou seria madrugada? Deixa pra lá. Tou esperando uma pessoa ligar pro meu celular e sem saco pra falar formalmente, aliás, nem sei porque tou escrevendo aqui, talvez seja o tédio, ou não. Tenho procurado perguntas, isso mesmo, perguntas porque as respostas são tão duras que prefiro ficar na dúvida que vazia, odeio o vazio, é tão estranho, eu só queria pensar positivo e acreditar/fingir que tudo vai/está bem. Cansei de tudo e quero algo novo, talvez eu consiga, talvez não e agora eu cansei daqui também, tchau.

24 de jul. de 2010


"Fiquei tão só, aos poucos. Fui afastando essas gentes assim menores, e não ficaram muitas outras. Às vezes, nos fins de semana principalmente, tiro o fone do gancho e escuto, para ver se não foi cortado. Não foi."

"Algumas vezes eu fiz muito mal para pessoas que me amaram. Não é paranóia não. É verdade. Sou tão talvez neuroticamente individualista que, quando acontece de alguém parecer aos meus olhos uma ameaça a essa individualidade, fico imediatamente cheio de espinhos - e corto relacionamentos com a maior frieza, às vezes firo, sou agressivo e tal. É preciso acabar com esse medo de ser tocado lá no fundo. Ou é preciso que alguém me toque profundamente para acabar com isso."

"Ando meio fatigado de procuras inúteis e sedes afetivas insaciáveis."

"Meu coração tá ferido de amar errado."

"Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos."
"Para mim, atualmente, companheirismo e lealdade são meio sinônimos de felicidade. Meus amigos são muito fortes e muito profundos, são amigos de fé, para quem eu posso telefonar às cinco da manhã e dizer: olha, estou querendo me matar, o que eu faço? Eles me dão liberdade para isso, não tenho relações rápidas, quer dizer, tenho porque todo mundo tem, mas procuro sempre aprofundar. E isso é felicidade, você poder contar com os outros, se sentir cuidado, protegido. Dei esse exemplo meio barra pesada de me matar....esquece, posso ligar para ver o nascer do sol no Ibirapuera às cinco da manhã. Já fiz isso, inclusive." 

Extremos da Paixão
"... Não compreendo como querer o outro possa tornar-se mais forte do que querer a si próprio. Não compreendo como querer o outro possa pintar como saída de nossa solidão fatal. Mentira: compreendo, sim. Mesmo consciente de que nasci sozinho do útero de minha mãe, berrando de pavor para o mundo insano, e que embarcarei sozinho num caixão rumo a sei lá o quê, além do pó. O que ou quem cruzo esses dois portos gelados da solidão é vera viagem: véu de maya, ilusão, passatempo. E exigimos o eterno do perecível, loucos". 

"Menos pela cicatriz deixada, uma ferida antiga mede-se mais exatamente pela dor que provocou, e para sempre perdeu-se no momento em que cessou de doer, embora lateje louca nos dias de chuva"

19 de jul. de 2010

Triste é não chorar, sim eu também chorei
E não, não há nenhum remédio pra curar essa dor
Que ainda não passou, mas vai passar a dor que nos machucou
E não, não há nenhum relógio pra fazer voltar... O tempo voa!
Eu não suporto ver você sofrer
Não gosto de fazer ninguém querer riscar o seu passado
E o que passou, passou. E o que marcou, ficou
Se diferente eu fosse será que eu teria sido amado?
Eu cansei de perder, também não quero ganhar nada. Eu quero ficar em paz, mas não me deixam, meu músculo, meu cérebro, minha alma, meus órgãos não me deixam ser em paz, não quero complicar nada, é sério, nem queria estar aqui, nesse plano, nesse mundo, juro. Não tomei a vida de ninguém, sempre me perguntei porque eu numa fila de milhões de almas querendo nascer, vir ao mundo, porque eu? Eu tomei o lugar de uma pessoa que aproveitaria a vida melhor que eu? Eu fui empurrada, cuspida, vomitada nesse mundo que nem me queria, nem me quer tão bem. Não me sinto querida e amada, só sinto aquele velho vazio ainda, ele não saiu daqui, ele não irá sair. Alguém por favor, tem algum 'minutinho' sobrando pra tentar arrancar o vazio de dentro de mim? Alguém se importa? 

15 de jul. de 2010

Eu procurei, jurei que não iria mais falar de mim.
Porquê eu achei que eu tinha outras historias pra contar.
Tudo o que eu sempre procurei,
Tudo o que eu sempre sonhei não vale nada se não enxergo um palmo a frente,
Então não tente olhar pra trás.
Não existe uma só curva nessa estrada, preciso de uma bifurcação.
E eu vou pra longe de você.
Eu já perdi, eu já sofri demais. Eu parti, joguei tudo pra trás.
Eu vou fugir, pra bem longe daqui. Vou caminhar, e ninguém vai me seguir.
Eu tinha apenas 16, e já achava que eu sabia demais.
Tudo o que eu tinha era um quarto e o dinheiro dos meus pais
E alguns amigos que cabiam numa mão.
Era vazio aquele rio de solidão.
Eu hoje viajo num só mês, milhões de milhas sem ter pra onde voltar.
O asfalto é minha casa, mas não da pra chamar de lar,
É tão vazio, tão frio, tão fora do lugar. Não existe nada aqui, que vai me fazer mudar.
Eu já perdi, eu já sofri demais. Eu parti, joguei tudo pra trás.
Eu vou fugir, pra bem longe daqui. Vou caminhar, e ninguém vai me seguir.
Anoiteceu, mas faz tempo que a minha vida escureceu,
Não sei ao certo quando isso aconteceu, só sei que o culpado fui eu.
De que adianta abrir os olhos, se sei que os flashs são para me cegar.
Esses abraços são pra me amaldiçoar.
Eu nunca te obriguei a me ouvir falar.
E desde quando você acha que sabe melhor de mim, do que eu?
Existem tantas coisas que eu vivi que você nunca viveu.
Eu procurei, jurei que não iria mais falar de mim.
Mas eu sou assim, eu tenho tanta historia pra contar.
Sinto que me transformei, não evoluí, nem regredi, só me transformei. Me tornei uma pessoa qualquer, como qualquer outra, uma qualquer, sujeita à qualquer conceito ruim que possam me dar, sujeita a riscos e pecados assujeitados. Sinto e não é de brincadeira, todo esse sofrimento se transformou numa coisa que eu não sei explicar, vazio imenso, problemas demais. Não estou forçando essa angustia, não estou interpretando, quem dera. A dor que predomina em cada ambiente em que passo, é mais forte do que a correnteza de uma cachoeira zangada com os galhos que batem; a minha tristeza grita, o meu grito ecoa, perdendo-se no mar. Vejo que as coisas mudaram, sentimentos mudaram, pessoas mudaram, até o clima quente e desconfortável mudou, passou a fazer frio aqui, dentro e fora, tornou-se gélido e macio, sim, macio como veludo vermelho que vem no lugar do sangue, que vem no lugar da alma e só. Tenho tantas coisas para escrever, para dizer, para sentir e no entanto fico aqui, parada, no mesmo lugar que outrora visitava, meus sentimentos se confundem, minha dor se limita e eu grito "Só nesse momento serei feliz, só". Quero que saibam que todo este tempo nunca faltei-lhes com a verdade.