15 de jan. de 2010

Acordei, quase sem motivos pra fazer meros esforços, mas acordei. Levantei, quase sem chance nenhuma do dia ser bom, mas levantei. Vi o céu, quase parecia me abençoar e fiquei vendo durante minutos, parada, esperando ele responder as perguntas que eu fazia inconsciente. Me arrumei, era dia de médico e eu mal me lembrava, mal me lembrava que eu ainda tinha razões de ir ao médico, tão suja, mente suja, peguei o transporte e fui. Reclamei, pois havia dor demais, chorei, pois havia esperança de menos. Andei, andei muito pelas ruas do centro, aquelas pessoas cheias de pressa não sabem que a vida passa rápido não, a vida passa devagar, tão devagar que chega a me dar sono, mas eles tinham que apressar tudo, tinham que destruir a paz de muitos, tinham que existir. Comprei, fui comprando coisas que nem mesma sei se vou usar, se vão me servir, se vão me escravizar. Voltei, quase não querendo voltar, o inferno se repete dentro de quatro paredes, essas quatro que chamam por aí de lar. Escrevi, nem sei porque escrevi, escrevi tentando dizer alguma coisa e de tantas palavras que escrevi, nada tenho para dar, para que vocês aprendam algo. Eu hoje sou só, só sou hoje, eu.

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15 de jan. de 2010

Acordei, quase sem motivos pra fazer meros esforços, mas acordei. Levantei, quase sem chance nenhuma do dia ser bom, mas levantei. Vi o céu, quase parecia me abençoar e fiquei vendo durante minutos, parada, esperando ele responder as perguntas que eu fazia inconsciente. Me arrumei, era dia de médico e eu mal me lembrava, mal me lembrava que eu ainda tinha razões de ir ao médico, tão suja, mente suja, peguei o transporte e fui. Reclamei, pois havia dor demais, chorei, pois havia esperança de menos. Andei, andei muito pelas ruas do centro, aquelas pessoas cheias de pressa não sabem que a vida passa rápido não, a vida passa devagar, tão devagar que chega a me dar sono, mas eles tinham que apressar tudo, tinham que destruir a paz de muitos, tinham que existir. Comprei, fui comprando coisas que nem mesma sei se vou usar, se vão me servir, se vão me escravizar. Voltei, quase não querendo voltar, o inferno se repete dentro de quatro paredes, essas quatro que chamam por aí de lar. Escrevi, nem sei porque escrevi, escrevi tentando dizer alguma coisa e de tantas palavras que escrevi, nada tenho para dar, para que vocês aprendam algo. Eu hoje sou só, só sou hoje, eu.

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