Poderia falar que as pessoas são chaves, são chaves diferentes tentando abrir uma unica porta, a do amor. Mas o que elas não sabem, foi o que eu percebi, pegando um ônibus indo para o centro da cidade, olhei para a cordinha que dá sinal para descerem, havia uma chave pendurada em cima do cobrador, fiquei me perguntando o que aquela chave abriria, não sei o por que me perguntava tanto sobre aquela chave que nem chamava tanta atenção, mas a minha sim, nunca fui detalhista. De repente veio a incrível idéia de um sujeito assujeitado, a minha idéia. Nós não somos chaves, somos as portas. Talvez as pessoas que já tentaram nos abrir conseguiram abrir a porta da frente, chegaram na sala, mas nunca conseguiram abrir seu quarto, sua cozinha, seu banheiro, sua varanda, nós somos portas e portas raras, cada uma usada de forma pessoal, às vezes desgastada, às vezes trocada, algumas até nem usadas estão, só trancadas. Somos portas, inúteis, feitas de madeira, de ferro, de qualquer uma proteção que nos serve. Somos humanos. Somos seres humanos. Não falo do amor com toda certeza, não porque nunca tenha amado, já amei, sim; mas, falo do amor de uma forma grata, agradeço a cada segundo de amor, 'sem amor eu nada seria'.
'A gente não percebe o amor
Que se perde aos poucos sem virar carinho.
Guardar lá dentro amor não impede,
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito.
Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Prá que ele possa ser de alguém
Que se perde aos poucos sem virar carinho.
Guardar lá dentro amor não impede,
Que ele empedre mesmo crendo-se infinito.
Tornar o amor real é expulsá-lo de você,
Prá que ele possa ser de alguém
Somos se pudermos ser ainda
Fomos donos do que hoje não há mais.
Houve o que houve é o que escondem em vão,
Os pensamentos que preferem calar,
Se não, irá nos ferir um não -
Mas quem não quer dizer tchau.'
Fomos donos do que hoje não há mais.
Houve o que houve é o que escondem em vão,
Os pensamentos que preferem calar,
Se não, irá nos ferir um não -
Mas quem não quer dizer tchau.'
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